Renda |
Laranja com tendência de manutenção. O IBGE divulgou o resultado do PIB do primeiro trimestre de 2015, que registrou queda de 0,2% na passagem do último trimestre do ano passado para o primeiro deste ano e de 1,6% na comparação interanual. O resultado ficou no topo das expectativas de mercado (que apontavam queda na margem de 0,1% a 1,0%, segundo coleta da Bloomberg) e acima da projeção, de retração de 0,6% na margem e de 2,1% na comparação interanual. As estimativas para o PIB em 2015 passaram de uma queda de 1,24% para 1,27%. A atividade econômica continua em recessão. Indicadores diversos, como consumo de energia elétrica, emplacamento de automóveis, produção de petróleo e vendas de materiais de construção apresentam pequenas quedas ou mesmo estagnação. |
Emprego |
Laranja com tendência de vermelho. Sinal de alerta. Continua o ciclo de retração na indústria, principalmente a automotiva, com planejamento de diversos lay outs de montadoras no mês de junho. Sem perspectivas de melhoras no momento. |
Inflação |
Vermelho com tendência de laranja. Fipe: dissipação dos reajustes de energia elétrica e medicamentos puxou desaceleração do IPC em maio. O IPC-Fipe exibiu alta de 0,62% em maio, desacelerando em relação a abril (1,10%) e acumulando alta de 7,60% nos últimos doze meses. Tal comportamento refletiu principalmente a dissipação do reajuste de energia elétrica. Assim, o grupo habitação, que registrou elevação de 2,30% em abril, passou para uma alta de 0,74% no mês passado. A descompressão de preços também ocorreu com a dissipação do reajuste de medicamentos, de forma que a alta do grupo saúde passasse de 1,48% para 1,08% no mesmo período. Vestuário, por sua vez, desacelerou de 0,82% para 0,30%. Por outro lado, a variação das despesas pessoais subiu de 0,05% para 0,27% e o grupo alimentação passou de alta de 0,83% para 0,88% entre abril e maio Este último grupo surpreendeu para cima nossas estimativas, refletindo maior compressão de leite e in natura. Para os próximos meses, o índice poderá se manter em patamar semelhante caso o grupo alimentação continue a surpreender para cima. |
Contas Públicas |
Vermelho com tendência de manutenção. Sinal de alerta. O déficit continua preocupando. Os números mostram que a meta do governo em relação às contas não deve ser alcançada. |
Comércio Exterior |
Laranja com tendência de amarelo. MDIC: saldo da Balança Comercial foi superavitário na última semana de maio, encerrando o mês com o melhor resultado do ano. O saldo da balança comercial brasileira retomou os patamares do início do mês e apresentou saldo positivo de US$ 813 milhões na semana compreendida entre os dias 25 e 29 de maio, de acordo com os dados divulgados ontem pelo Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior (MDIC). Com isso, registrou o maior superávit do ano em maio: US$ 2,761 bilhões. Para tanto, as exportações somaram US$ 16,77 bilhões e as importações US$ 14,01 bilhões. A comparação com as médias diárias do mesmo mês do ano passado mostrou que os embarques reduziram 15,2%, enquanto as compras externas recuaram 26,6%. Quanto às exportações, a queda em valor foi generalizada e atingiu todos os setores. Destaque para os produtos básicos, que retraíram 20,8% – principalmente em função das quedas nas vendas de carnes (11,5%) e de minérios (58,2%). Em relação às importações, o fraco desempenho foi consequência do crescimento negativo em valor das compras de equipamentos mecânicos (19,8%), de equipamentos elétricos e eletrônicos (17,9%) e de veículos automóveis e partes (32,3%). No ano, a balança comercial brasileira continua negativa, com déficit US$ 2,305 bilhões. Ainda assim, já demonstra sinais de ajuste. Com isso, mantemos nossa projeção de superávit para 2015, em função do enfraquecimento da atividade econômica doméstica e da desvalorização do real. |
ECONOMIA |
Vermelho com tendência de manutenção. Protagonista da semana: Reunião do Banco Central será o destaque da agenda doméstica nesta semana. Com a expectativa sobre o fim do ciclo atual de aperto monetário no País, a reunião do Copom na quarta-feira ganha ainda mais relevância – acreditamos que o Banco Central irá aumentar a Selic em 0,50 pp. A agenda conta ainda com o resultado final da balança comercial de maio, na segunda-feira, a produção industrial de abril, na terça, e a PNAD contínua também referente a abril, na quarta (projetamos retração de 1,2% da produção industrial). Destaque positivo: Contas externas, principalmente no tocante à Balança Comercial. COMENTÁRIO: Já foi alertado varias vezes que no momento o aumento da taxa de juros é inócuo em relação à inflação e extremamente danosa em relação à renda e ao emprego. Espera-se pelo final do ciclo monetário contracionista. |