Segundo Cirineu Santos, a atual crise mundial que vem assombrando aos países da Zona do Euro, é uma crise estrutural, que tem sofrido pequenas mudanças, e por isso muitas vezes tem ficado em segundo plano nas mídias internacionais. É uma crise de grandes proporções e que necessitará de um longo prazo para se desenrolar. O Banco Mundial tem trabalhado forte, mas tudo caminha a pequenos passos.
A experiência apresentada ao mundo pela Zona do Euro tem mantido as expectativas para a criação de um padrão monetário para o MERCOSUL em cautela e atenção, pois é difícil adotar um mesmo padrão monetário a países com característica econômicas diferentes, e o reflexo disso é o que a Europa vem enfrentando nos últimos anos.
Trazendo o foco para a economia brasileira, não é possível separar nossa economia do que tem ocorrido no mundo. Os impactos externos são sentidos, talvez com menor força, mas além das perspectivas negativas é importante ressaltar que também existem oportunidades positivas, pois o risco no exterior faz com que as empresas globais busquem novos mercados na tentativa de escapar dos problemas apresentados por Estados Unidos e Europa, e neste ponto o Brasil tem seu destaque devido as medidas econômicas tomadas que reforçaram os índices antes da crise mundial.
Cirineu Santos complementa que atualmente, o governo federal tem percebido que não adianta somente tomar decisões para medidas voltadas ao consumo, mas também é necessário fortalecer as empresas. Com essa nova perspectiva, tem se criado recentemente uma variedade de incentivos econômicos e fiscais, como é o exemplo da redução do IPI. Isso mostra a necessidade em rever a carga de impostos para que assim possa aquecer o mercado, fortalecer as empresas e criar novos postos de trabalhos. A carga tributária brasileira está em torno de 55% a 58% da economia nacional. O brasileiro trabalha de janeiro a julho somente para pagar seus impostos. Não adianta também diminuir os impostos se o governo não reduzir seus gastos.
No cenário presente e com as eleições municipais próximas, espera-se que os futuros políticos tenham uma gestão publica eficiente e que saibam usar os recursos de forma otimizada para promover o bem estar da população, conclui Cirineu.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM