Edição de DNA é a manipulação de certas partes do DNA chamados de genes. Estes genes são responsáveis pela produção de determinadas proteínas que por sua vez manipuladas, podem favorecer a produção de um gene especifico.
Alguns genes conhecidos são candidatos a performance humana Sendo possível a edição é possível, é possível a inserção de genes relacionados a proteínas correlacionadas com o desempenho humano.
Para o pesquisador e professor do Curso de Educação física da FEPI, Ronaldo Baganha, a perspectiva é de que exista uma evolução, uma melhora no desempenho humano inimaginável.
A possibilidade do doping genético é uma realidade, e a detecção, segundo Ronaldo, ainda é uma impossibilidade. “Acredita-se que existam entre 20 mil a 30 mil genes na espécie humana e encontrar um gene e saber se ele foi manipulado ou implantado é praticamente impossível”.
A prática do esporte pode ser revolucionada, uma vez que é ligada ao desempenho do atleta. “Existem muitos interesses financeiros por trás disso, diz o pesquisador.”
A produção em série de superatletas passa a ser uma possibilidade. Ronaldo lembra que em função disto, no futuro as pessoas normais podem passar a serem considerados sub-humanos perante aqueles que serão mais fortes, mais altos, mais resistentes. Resistentes inclusive a infecções. Para o esporte isso pode ser interessante, mas em se tratando da vida humana, é bastante preocupante.
Ronaldo observa que para ser um atleta não basta ter uma genética adequada, a pessoa tem que querer. “A princípio qualquer um de nós pode ser um campeão olímpico, desde que haja predisposição genética, mas nada disso adianta se o indivíduo não quer ser atleta”.
O pesquisador explica que a genética limita o desempenho humano, ela não é determinante, mas ter uma genética favorável abre muitos caminhos.
Outro aspecto a ser considerado positivamente é o uso da edição genética na recuperação de lesões, até mesmo de fraturas. Hoje em dia já existem técnicas que aceleram a recuperação de atletas. “A aplicação de laser por fisioterapeutas na regeneração tecidual é um exemplo.
“Do ponto de vista do esporte isso pode beneficiar os atletas e do ponto de vista regenerativo pode beneficiar a população de maneira geral”, conclui.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM