Saber do futuro antes de viver o presente. Comprar o bilhete de loteria premiado, fazer um grande empreendimento porque vimos que no futuro vai lucrar. Desde que já foi comprovado que não existe o pré determinismo em relação ao tempo e que o Efeito Borboleta acontece com maior freqüência do que possamos imaginar, o que precisamos fazer para retornar ao nosso passado, tentar consertar nossos erros e criar novas circunstâncias que nos favorecerão no futuro? Nada! O nosso cérebro boicota qualquer possibilidade de nos favorecer com essas informações. Ele nos engana em relação aquilo que não podemos entender. O cérebro subestima a seqüência do tempo. O homem ainda não se conscientizou que a linha do futuro faz uma curva muito próxima da linha do presente, podendo ocorrer o “loop”.
A linha do tempo se curva e se enrola em torno do corpo, enquanto ele se move na direção do tempo futuro. Albert Einstein.
A linha Lorentziana do tempo (closed timelike curve) não é linear, mas é uma curva fechada, quebrando o paradoxo da seqüência linear do tempo. Isso indica que a linha do tempo está sujeita à deformação gravitatória, capaz de possibilitar a viagem no tempo.
Várias teorias da física defendem a possibilidade de ocorrer um imprevisto em todos os fenômenos da natureza; esse fenômeno imprevisível pode ocorrer também na linha da curva do tempo. A Teoria do Caos traça a possibilidade de ocorrências imprevisíveis denominada Efeito Borboleta. A Teoria da Gravidade Quântica em LQG (Loop Quantum Gravity) defende a possibilidade de haver um “loop” na curva do tempo. Lembrem-se de que a Física e´o laboratório da vida. Se todas as teorias são comprovadas e elaboradas pelas Leis da física é porque todas são possíveis de ocorrerem na vida real, “in vitro” e “in vivo”, na minha vida e na sua vida!
Afinal, o que vem a ser o Efeito Borboleta?
O Efeito Borboleta é uma metáfora para os efeitos inesperados que ocorrem dentro de um sistema inicialmente considerado previsível. O bater de asas de uma borboleta significa gerar efeitos inesperados em cadeia a partir de um evento inicial. O imprevisível pode acontecer em todos os departamentos da vida e do cotidiano, em fenômenos meteorológicos, crescimento de populações, variações no mercado financeiro e movimentos de placas tectônicas, imprevistos no clima, em nosso organismo e na trajetória do tempo.
O Efeito Borboleta foi analisado pela primeira vez em 1963, por Edward Lorenz. Quando movimentos caóticos são analisados através de gráficos, sua representação passa a ser demonstrada através de um gráfico em forma de borboleta, de onde veio a denominação.
A tese filosófica do Determinismo sustenta que tudo que acontece está pré determinado. Porém, a partir dos séculos XVI e XVII, com as teorias de Isaac Newton foi comprovado que não existe o “pré determinismo”, ou seja, nenhum sistema obedece à absoluta precisão.
A Teoria do Caos nos explica os funcionamentos de sistemas dinâmicos e complexos da evolução temporal que podem ter efeitos inesperados e aleatórios, desde que há um grande número de interações entre os componentes. É o que se chama de “Caos Determinístico”. Embora a descrição da física clássica e da Teoria da Relatividade seja determinística, a complexidade dos sistemas podem sofrer alterações em seus comportamentos, já considerados possíveis por Galileu Galilei, Einstein, Laplace e Langevin. Tudo foge à regra, a linha do tempo de sua vida pode também sofrer periódicas deformações ou efeitos inesperados.
Todavia, devemos aplaudir mesmo a Teoria da Gravidade Quântica em Loop LQG (Loop Quantum Gravity). Essa teoria quântica prevista no binômino “espaço-tempo” veio definitivamente a confirmar que nos diagramas de linhas da rede de spin pode ocorrer o “loop” na curvatura da linha do tempo.
Em outras palavras, na curvatura da linha do tempo, o futuro está na linha paralela, bem próxima ao passado e ao presente, com a grande possibilidade de haver um “loop” ou uma “encostada na linha paralela”.
Porém, onde está a válvula do “loop do tempo” para que o homem a controle? Será que um dia o homem terá esse controle?
O cérebro humano sempre encontra um jeito de recompensar esses “contratempos” explicáveis pela física, pois ele “reseta” a memória dos homens que retornam ou avançam no tempo. Algumas pessoas conseguem se lembrar através da sensação “déjà vu” ou através das premonições.
Cientistas britânicos publicaram na revista Nature uma reportagem afirmando que o cérebro é a organização mais complexa do universo, e por isso, ele é intrinsecamente não confiável, tendo confundido neurocientistas há décadas. Diante de uma situação como o Efeito Borboleta, o cérebro providencia recursos de emergências biológicas para situações extremas como essa. O psiquismo busca formas para suportar a transição abrupta da seqüência do tempo. A informação da transição indevida no tempo é codificada pelos padrões da consciência (informação acessível ou não). A mente como a qualidade emergente e seletiva do cérebro, resultante da organização dinâmica de todas as informações captadas pelo cérebro (milhares de seqüências eletroquímicas) seleciona as informações que o homem deve ou não ter consciência. Dessa forma, o cérebro recorre às estratégias de defesa, produzindo a amnésia ou a sensação de aceleração de tempo.
Existem em nosso cérebro as redes neuronais responsáveis por processos fisiológicos que agem como um relógio interno. Dados experimentais sugerem que o cérebro interprete o tempo passando mais rápido se você estiver em uma tarefa desafiadora. A cafeína tende a induzir a sensação de que o tempo passa rápido. Diante disso, o cérebro nos engana em relação aquilo que não podemos suportar ou entender. O cérebro subestima a passagem do tempo!
Exemplo: o explorador Francês Michel Siffre viveu durante 2 meses dentro de uma caverna, isolado do exterior e sem dicas de passagem do tempo, como algum resquício da luz do dia. Ao final do período, estava convencido de que havia ficado apenas 25 dias. Sem evidências externas, o cérebro tende a condensar o tempo.
Charles Darwin( 1809 – 1882) comentou a respeito do fato: “Incrível a quantidade de coisas que pode passar pela cabeça de uma pessoa em um período tão curto”. Quem já tropeçou e tentou se equilibrar, instantes antes de se esborrachar no chão, provavelmente notou como o “tempo interno” parece diverso do cronológico nessas ocasiões e quantas emoções e pensamentos podem nos atravessar em apenas alguns segundos.
Sendo o cérebro uma máquina de organização de tempo, diante da colisão do mesmo ele organiza conteúdos psíquicos dentro das caixas de passado, presente e futuro. Em algumas situações os episódios vividos ficam desorganizados nas pastas temporais. Exemplo é a confusão do período do tempo decorrido em alguns casos de distúrbios neurológicos (Mal de Alzheimer, etc.), ou mesmo nos casos de envelhecimento (senilidade).
Isso comprova que há um mecanismo químico, um botão neurológico regulador de pastas temporais que controla o que é passado, presente e futuro dentro da mente. A falta ou presença de um agente químico no cérebro pode fazer com que essas pastas desorganizem-se. Quem garante que o homem não foi agressivamente “adaptado” de forma que ele receba “certa” substância para que ele programe essas pastas temporais de forma primitiva como têm programado ao longo desses séculos? Quem poderia estar programando o homem para que ele continue com essa característica primitiva?
Quem garante que se a Glândula Pineal, o nosso “segundo cérebro atrofiado”, estivesse em pleno funcionamento não poderia nos adequar a capacidade de reconhecer o loop? A verdade é que estamos programados “cerebralmente” para que possamos ser limitados. Em minha opinião, a resposta para essa incapacidade temporal aprimorada encontra-se na Glândula Pineal, desde que é ela é responsável pela fabricação de Melatonina em nosso organismo, e sabemos que a Melatonina é a molécula chave que controla o relógio biológico dos animais e dos seres humanos.
Entretanto, algumas sensações do “loop” podem nos advertir: A visualização de uma luz muito forte devido a repentina baixa circulação sanguínea do cérebro. A sensação de não conseguir se mexer assim que acordamos. Devido aos receptores de NMDA o “loop” pode também provocar em nós um tipo de exaustão psíquica, confundindo-nos através do surgimento de fragmentos de situações passadas. Isso ocorre também no momento de nossa morte, onde um filme do passado se processa em segundos diante de nós, fazendo com que o individuo experimente um devaneio antecedendo a ruptura do tempo ocorrida no momento do desenlace.
Estamos em transição constante, há grandes transformações ocorrendo nas percepções de tempo e de espaço. Você já sentiu alguma diferença na rapidez que seu dia tem se processado? É necessário mais do que o trivium ler, escrever e contar para entender o que anda acontecendo com o tempo. Minha mãe (sábia Doquinha, que saudades!) dizia que “Deus mexeu no tempo”.
Se é verdade que a freqüência da oscilação da Terra acelerou o tempo, estejamos certo de que o número de Efeitos Borboletas aumentaram também. Isso faz com que acelere as ondas cerebrais provocando distúrbios neurológicos. Quem nos garante que o aumento do número de casos de estresse já não se deve a grandes incidências de “loops” no tempo?
É necessário que meditemos em fatores que, de imediato, nos pareça “totalmente fora de propósito”. Como por exemplo, o fato que o passado, o presente e o futuro existam ao mesmo tempo. É loucura? Loucura é achar que com você a natureza possa agir diferente do que tem agido com o resto do universo.
Luz e um beijo nas asas do seu tempo!
Venda do livro Efeito Exillis na rede de supermercado Alvorada, Livrarias Lápis de Cor e Nobel de Itajubá. E nas Livrarias Cultura de todo o país.