O abismo econômico existente entre a Europa e a América do Sul, reflete-se em várias atividades: infraestrutura urbana, saúde e principalmente educação. No futebol não é diferente. Há anos o campeonato mundial de clubes é uma amostra deste fenômeno social. A força do capital e uma gestão mais eficiente proporcionam clubes com altos investimentos, tornando-se clubes literalmente globalizados, pois prospectam os melhores jogadores do globo terrestre e assim montam seus times de futebol. O time do Liverpool é uma demonstração deste poder econômico. Em função disso, nos últimos anos este torneio tem sido um indicador desta desigualdade, pois os europeus se mantêm sempre no topo quando se refere a clubes. Para se ter uma ideia, nos últimos 10 anos a Europa ficou com nove títulos e a América do Sul com um através do Corinthians quando foi campeão em 2012. O mesmo não consegue se reproduzir quando se fala em seleção, pois neste caso, depende mais da nacionalidade dos jogadores. Por isto, o Flamengo consegue uma façanha quando faz um jogo com igualdade de forças (mesmo o Liverpool sendo uma seleção mundial). Ao necessitar ir para uma prorrogação e passar momentos de sufoco com o ataque do Flamengo, quebra o paradigma das últimas décadas neste campeonato. Portanto, os brasileiros e principalmente a torcida do Flamengo deve-se orgulhar deste dezembro de 2019.
Pelo menos essa é a minha opinião!