BRASÍLIA – No dia 20 de agosto, um grupo de empresários brasileiros – Totvs e o consórcio de empresas – vai apresentar ao governo uma proposta para a produção de conversores de TV digital no país.
O assessor especial da Casa Civil André Barbosa disse que a planilha de custos não pode ultrapassar os R$ 200,00 por conversor a ser financiados pelo BNDES.
Também poderá haver financiamento ao consumidor via Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal ou para o varejo diretamente, com prestação mensal de no máximo R$ 17,00.
André Barbosa se reuniu nesta quinta-feira com uma delegação de nove parlamentares do governo e da Oposição, da África do Sul, chefiados Ismail Vade, interessados no padrão nipo-brasileiro da TV digital. Eles chegaram ao Brasil na última terça-feira, a convite do governo brasileiro e estiveram em São Paulo, onde visitaram o Insituto Makenzie, a Universidade de São Paulo, e as emissoras de televisão: SBT, Globo e Band. Também estiveram em Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, visitando a Linear, fabricante de transmissores de TV digital. Segundo o assessor, os parlamentares fizeram muitas perguntas, principalmente sobre o convívio dos sistemas de TV a cabo e satélite, que usam o europeu DVB, com ISDB-T da TV aberta.
Além disso, quiseram saber sobre o parque industrial brasileiro, a regulamentação, que explicamos temos alguns coisas, mas outras ainda estão em construção, como a de incentivo para uso do septop box. – Dissemos que, ao contrário da Argentina, não distribuiremos o conversor gratuitamente. Entendemos que uma política de sustentabilidade tem que ter o respaldo do mercado. Vamos criar as condições, cenários indutores que facilitem isso, talvez cortar impostos, dar algum incentivo fiscal, acertar a legislação com os estados, criar políticas de importação de insumos, botar o septop box e o moldem – possibilidade que ainda está sendo discutida – em condição de ter os benefícios previstos para inclusão digital. Agora dar, não. Porque se der e amanhã retirar, o projeto fica sem sustentabilidade – disse ele.
Para Andre Barbosa, é o mercado quem tem que dar sustentabilidade e ter preço, tem que ter demanda. Além disso, ter conteúdos e aplicativos digitais interativos para que as pessoas saibam e tenham interesse em comprar o septop box. – Acho que a partir do ano que vem nós teremos solucionado toda essa situação – afirmou.
Fonte: O Globo Online