O Futebol é uma atividade esportiva que era considerada como um espetáculo á ser entregue ao seu público que pagam valores altos quando considerado a realidade do poder aquisitivo do brasileiro. A estrutura para a realização dos jogos que teoricamente são espetáculos esportivos tem um imenso palco que é o gramado, têm as antigas arquibancadas que hoje em função da nova lei de proteção ao consumidor possuem acentos numerados e confortáveis, com acessos facilitados com várias oportunidades para aumentar a agregação de valores como lojas de produtos, alimentação e espaços com estruturas diferenciadas como espaço VIP com ar condicionado, serviço de bar com garçons entre outros benefícios. No palco entram os artistas de salários altíssimos, muito fora da realidade dos demais grupos de artistas. Com isso espera-se que o espetáculo seja entregue com jogadas de efeito, como controle e domínio de bola diferenciados para satisfazer o publico. O espetáculo não é somente o momento do gol, até porque às vezes em 1,5 horas de entretenimento, não sai nenhum gol, a media na elite do futebol que foi a media do Brasileirão de 2024 foi de apenas 2,44 gols/partida. O espetáculo são os dribles desconcertantes, as jogadas de efeitos que surpreendem a todos, os lançamentos com maestria que levanta o público. Mas o futebol que tinha o Garrincha como artista, o Pelé como a esperança de jogadas geniais, o surpreendente calcanhar de Sócrates, as jogadas do mago Ronaldinho Gaúcho, isso não pode mais. Está proibido porque fazer jogadas de artistas da bola humilha os jogadores. Artistas da bola estão cada vez mais difíceis aparecer. Talvez por isso, os atuais jogadores não aceitam que o público que pagou o ingresso, que influenciou o patrocinador a colocar grandes fortunas nesse sistema de entretenimento veja jogadas bonitas e que não são normais. É proibido qualquer jogada que seja muito artística e cheia de plasticidade. Se já não bastasse ás escolinhas de futebol que retiraram isso dos meninos em prol de uma pegada mais forte taticamente. Nos últimos dois jogos do Flamengo tanto contra o Botafogo como contra o Vasco, houve confusão, jogador sendo segurado para não agredir o outro que fez jogada de efeito. Não há um movimento dos diretores de clubes para que isso não mais aconteça, não há movimento dos torcedores que teoricamente é o publico que paga para assistir bons espetáculos, não há crítica da imprensa para que isso seja fortemente inibido pelas arbitragens. Enfim, parece que todos desejam que o futebol não seja mais espetáculos e sim jogadores medianos correndo para defender ou fazer o gol.
Pelo menos essa é a minha opinião!