Especialista do ITC Vertebral indica que o diagnóstico da patologia deve ser feito o mais cedo possível, para garantir um tratamento mais rápido e eficiente, sem a necessidade de cirurgia
A coluna vertebral é o eixo que sustenta o corpo. O ideal é que ela, vista por trás, esteja reta e alinhada. Se isso não ocorrer, pode ser sinal de escoliose, uma deformação morfológica da coluna nos três planos do espaço: para os lados, para frente e para trás, e em volta do seu próprio eixo. É o grau dessa torção que determina a gravidade da escoliose e como ela deverá ser tratada.
A escoliose vertebral é identificada com mais frequência na infância, por volta dos 10 anos de idade. O problema atinge entre 2 e 3% da população, mas felizmente, as curvaturas mais graves representam apenas 0,1% das incidências. “Há hoje métodos bastante eficazes para o tratamento dessa patologia. Um deles é o POLD, que corrige os desequilíbrios musculares e ósseos, além de minimizar possíveis dores causadas por este desvio da coluna”, considera Ângela Lepesqueur, fisioterapeuta especialista em coluna e diretora do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral (ITC Vertebral).
Cerca de 70% dos casos de escoliose tem causa desconhecida. São as chamadas escolioses idiopáticas. Mas a curvatura também pode surgir em decorrência de sequelas de doenças neurológicas, como poliomelite e paralisia cerebral, ou por má formação da coluna vertebral.
Escolioses com angulação de até 10 graus não necessitam tratamento fisioterápico. A partir daí há a necessidade de uma intervenção fisioterápica. Dependendo do grau da deformidade, o paciente terá que usar colete ortopédico e, nos casos mais graves, se submeter a uma intervenção cirúrgica.
Os métodos utilizados para sanar este problema variam com a idade, a flexibilidade e a gravidade da curva. O tratamento pode compreender a correção das deformidades por meio da Reeducação Postural Global (R.P.G.), que pode corrigir ou minimizar a escoliose. A adaptação de palmilhas posturais que aumentem a eficácia e o tempo do tratamento também é uma alternativa usada pelos especialistas.
Vale destacar que o diagnóstico precoce, realizado por meio de testes clínicos e de radiografias, pode resultar em um tratamento mais eficiente e menos desconfortante para o paciente. “Identificar o problema cedo previne que males mais graves possam ocorrer na coluna e diminui o risco de o paciente precisar fazer alguma cirurgia”, completa a diretora do ITC Vertebral.
Angela Lepesqueur, fisioterapeuta especialista em coluna e diretora do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral em Brasília