Acidentes com idosos são comuns, principalmente em casa e muitas vezes com consequências graves e, até fatais. Quanto mais avançada for a idade, maior a chance dos acidentes acontecerem já que os músculos perdem a elasticidade, os reflexos neurológicos ficam lentos, os ossos mais frágeis, a visão e a audição prejudicadas, as tonturas e desequilíbrios ocorrem com mais frequência, além dos efeitos de medicamentos.
A população idosa mundial está aumentando e exigindo mais cuidados e atenção, seja no sentido preventivo como no atendimento diferenciado, além da importância de campanhas de esclarecimentos, já que a maioria das famílias tem ao menos um idoso em casa.
Mesmo com tantos cuidados sempre pode haver uma situação de risco, mas para que os problemas sejam amenizados são necessárias algumas modificações para que a residência se torne um local seguro, conforme orienta o geriatra João Magliano Neto, do Hospital e Maternidade Beneficência Portuguesa de Santo André.
Os acidentes mais comuns são quedas não intencionais, queimaduras, envenenamentos, uso incorreto de facas de cozinhas, produtos inflamáveis, entre outros. As quedas estão relacionadas ao estado de saúde do idoso, atividades diárias, ambiente e suas condições e podem ocorrer durante as atividades cotidianas.
Segundo as estatísticas a maioria das casas possui situações de risco e perigo, o que pode resultar em quedas com escoriações, ferimentos, contusões, hematomas, fraturas, invalidez e até a morte. “O importante é a prevenção, que consiste em reconhecer e adequar às condições de perigo relacionadas para que o pior não aconteça”, explica o médico.
Caso ocorra algum acidente dentro de casa o melhor a fazer é procurar uma unidade de saúde imediatamente, as medidas “caseiras” de socorro devem ser evitadas para não agravar o quadro.
Muitos acidentes domésticos podem ser evitados com medidas preventivas como, por exemplo, a cama do idoso deve ter uma altura entre 50 e 55 centímetros, para que possa firmar bem os pés antes de se levantar; os interruptores precisam ficar próximos à cama ao alcance da pessoa para que ela não tenha que se levantar no escuro; o piso ou os tapetes devem ser antiderrapantes; as barras de apoio no vaso e no box são fundamentais; os degraus devem ser substituídos por rampas; se não for possível realizar a substituição; as escadas precisam ter corrimão e proteção antiderrapante; os móveis devem ter cantos arredondados; as prateleiras não devem ser muito altas ou baixas para evitar que a pessoa tenha que se esticar ou abaixar para pegar algo.
Vale lembrar que alguns idosos ficam sozinhos em casa, assim é importante ter um telefone sempre ao alcance da pessoa, seja próximo a cama ou em qualquer lugar de fácil acesso, pois em caso de emergência ele conseguirá pedir ajuda.
Fonte: MP & ROSSI COMUNICAÇÕES