Especialistas reunidos no 17º Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia, que terminou ontem em Belo Horizonte, defenderam o fim da infantilização e da estigmatização dos idosos como grupo homogêneo, que gosta das mesmas coisas, necessariamente frágil e bonzinho, com pouca autonomia.
O estigma ainda é muito grande. Defende-se que todo idoso tem de fazer atividade física e viajar. O fato é que às vezes ele não quer fazer, não gosta. É preciso ver as características de cada um, afirmou a coordenadora da área de Saúde do Idoso do Ministério da Saúde, Luíza Maia.
A mídia também coloca o velho sempre como um pobrezinho, demenciado, bonzinho. Mas há idosos de todos os tipos. Bonzinhos e cafajestes, diz Luíza. Participantes do congresso também criticaram programas públicos que apenas investem em bailões, lazer e concursos de beleza, sem ver outras dimensões do envelhecer, como atenção especializada de saúde, renda, educação e habitação.
Até 2050, o Brasil deverá ter um terço da população idosa, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (AE)
Fonte: Comércio do Jahu