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Essas mulheres incríveis

Publicado por Dra. Graça Mota Figueiredo em 29/12/2018
Sábado estive durante boa parte do dia dando aula para uma turma de Pós-Graduação em Cuidados Paliativos. Essa é uma turma só de mulheres.

No intervalo de almoço nós nos sentamos todas juntas e a conversa correu suave e delicada.

Mas aos poucos as pessoas iam falando de si, cada vez com mais liberdade e confiança. Quem estava em cadeiras próximas se inclinava para ouvir a companheira da direita, da esquerda ou de frente.

Ao meu lado estavam duas alunas que tinham vínculos com grandes amigos meus. Talvez por isso tenham se aberto tanto.

A que estava à minha direita começou dizendo:

“Perdi um filho de 13 anos há 8 meses. Por isso estou aqui.”

Quase engasguei com a comida. Perder um filho não tem paralelo no conjunto de dores disponíveis. É antinatural. Nem sequer deveria ser possível.

Ela contou: “Foi súbita a morte dele. Estava bem à noite. Na manhã seguinte fui acordá-lo para a escola e ele tinha morrido.”

Assim mesmo, num relato entrecortado e duro.

A que estava à minha esquerda nos contou: “Casei-me com um colega de turma. Logo depois do casamento veio o diagnóstico de Esclerose Múltipla. Resolvemos então antecipar a chegada de um filho. Quanto mais tempo eles tivessem juntos, melhor. No último mês da gravidez ela me acorda uma noite tendo convulsões que não paravam. Descobriram um tumor cerebral já grande. A cirurgia foi muito delicada e demorada, mas teve sucesso. O tumor foi retirado, mas nos avisaram que ele pode voltar. Por isso estou aqui.”

Eu quis saber do filho. “A cara do pai, cópia perfeita. Muito alegre, é a vida da casa.”

Mulheres incríveis, essas.

Bonitas, delicadas, olhar brilhante e com a morte na alma.

Talvez por isso mesmo sejam tão generosas em dividirem as suas dores, como se me lembrassem que a vida é isso mesmo, dor e morte entrelaçadas à alegria.

Maria das Graças Mota Cruz de Assis Figueiredo
Profa. Adjunta de Tanatologia e Cuidados Paliativos
Faculdade de Medicina de Itajubá – MG

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