Fico impressionado e, ao mesmo tempo, entusiasmado toda que vez vejo uma pessoa cheia de iniciativa, com a mente aberta para exame dos fatos, dos pensamentos e de tudo o mais, quando o comum é encontrarmos o oposto, uma total carência dessa iniciativa na maioria dos seres, que estariam com uma espécie de inércia mental provocada, segundo entendo, pela inatividade da função de pensar.
Olhando para a minha realidade vejo que quando não penso nas minhas realizações, no meu processo de superação, na minha vida, a capacidade criativa de minha inteligência fica como que adormecida, inativa e, sem minha inteligência funcionando, fica muito difícil eu ter alguma iniciativa para produzir qualquer coisa.
Observando, por exemplo, como atua a falta de vontade em mim, verifiquei que ela aparece, inesperadamente, diante de qualquer frustação que eu esteja experimentando. E percebi que quando a capacidade criativa de minha inteligência não está adormecida ela entra em ação para enfrentar a falta de vontade com decisão, eliminando imediatamente a causa, o motivo da frustação.
Os meus estudos logosóficos têm me ensinado a pensar. Eu não sabia pensar no mais elevado, no superior e em tudo aquilo que faria de mim um ser melhor, ativo, deixando de ser o que fui ontem, anteontem…
Em outras palavras, tomei a decisão por livre iniciativa de ser o novo indivíduo que estou formando e que quero chegar a ser.
Um exemplo, mais próximo de mim do uso da livre iniciativa, é o da incrível sensação que senti quando resolvi, constituir o meu lar, minha família e de poder oferecer o meu amor, meu carinho, o meu amparo e toda a minha dedicação. Esta é a minha bela realização.
Mais uma vez ressalto a importância do estudo logosófico em minha vida pelos inúmeros conhecimentos que estou recebendo e que, com muito entusiasmo, minha mente assimila e minha inteligência transforma em iniciativas fazendo surgir os elementos que utilizo no controle de meus pensamentos, no despertar de meus sentimentos e na organização do meu mundo interno.
Veio à minha mente uma imagem da natureza, dos rios que correm para desaguar no mar. Durante todo o trajeto que suas águas percorrem, vão sendo depositadas, generosamente, em suas margens uma riqueza de elementos que dá vida ao solo que banha.
Esse exemplo serve para me mostrar que, enquanto minha vida vai se desenvolvendo, muitos elementos vão se acumulando pelo caminho e que eu devo ficar atento para o momento de extrair as riquezas que alguns deles contêm. Descobri uma dessas riquezas quando percebi que podia aproveitar melhor o tempo que gastava nas pequenas coisas que fazia. Um exemplo disso foi quando eu descobri que poderia reduzir o tempo que gastava lendo o jornal, de 20 para 10 minutos. Uma simples iniciativa que me rendeu 10 minutos diários para pensar e fazer algo útil para minha vida.
A nossa vida é riquíssima e estou descobrindo essa riqueza pelas lentes da Logosofía, que é a ciência da observação tanto para fora quanto para dentro de mim, onde se encontram todas as ferramentas necessárias para realização do meu processo de superação.
Tenho uma mente, uma inteligência, uma sensibilidade e desfruto do ambiente logosófico onde todos têm as mesmas inquietudes e confrontam o resultado de suas experiências para irem ampliando a consciência.
Um pensamento de Sydnei Rocha