As chuvas que recarregam reservatórios da região Sudeste são oriundas da Amazônia e o crescente desmatamento da floresta está intimamente ligado aos recentes cenários de estiagem. Segundo a Sargento Luciana de Castro, Comandante da Polícia Militar de Meio Ambiente, quanto maior o desmatamento, menos umidade e, portanto, menos chuva. Como o desmatamento não para, a tendência é que a estiagem na região sudeste piore.
A estiagem que se vê hoje não é começou este ano, é um evento histórico. A Sargento Luciana explica que nos últimos oito anos choveu menos que o esperado. Isso significa que nos últimos oito anos já havia indicadores de que algo não estava certo e nada foi feito para tentar reverter o quadro de maneira efetiva. Agora é tempo de se prevenir para o futuro.
Em Minas Gerais existem projetos como o Conservador de Águas em Extrema, que tem conseguido bons resultados promovendo a proteção e revitalização de nascentes e matas ciliares. Ações preventivas no sul de Minas podem não parar o desmatamento na Amazônia, mas vão proteger os recursos que existem. Mesmo que não chova, com a mata ao redor das minas d’água, é possível segurar a umidade naquele local por mais tempo.
A Polícia Ambiental está com campanha de proteção a nascentes, buscando conscientizar os cidadãos sobre a importância da preservação e orientando sobre o tipo correto de arvores e vegetação que pode ser utilizado em cada terreno. Também vai orientar sobre o cuidado com o gado e a importância de isolar a nascente para que não seja pisoteada.
Quem tiver dúvidas ou deseja iniciar algum empreendimento pode entrar em contato com a Polícia Ambiental. Embora não tenha poder para autorização, a equipe está apta a orientar o proprietário no que ele precisar.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM