logologologologo
  • Agenda Agenda
  • Artigos Artigos
  • Painel de Empregos Painel de empregos
  • Telefones Úteis telefone Úteis
  • Podcast Vídeos
  • Busca Busca
  • Nosso Site
    • Quem somos
    • Conexão na Panorama
    • Mural de recados
    • Fale conosco
  • A Cidade
    • História
    • Dados demográficos
    • Fotos
    • Vale a pena visitar
  • Oportunidades
    • Outras ofertas
    • Envie sua oferta
  • Parceiros
    • B2ML Sistemas
    • Reclamações Procon
  • Home
  • Artigos Iguais na Diferença
  • Eu acreditava na justiça

Eu acreditava na justiça

Publicado por Maria Salete da Silva Batista em 04/04/2011
Aquela que os homens procuram fazer através do exercício paciente da democracia e do respeito às leis.

Aquela que os homens procuram fazer através do exercício paciente da democracia e do respeito às leis. Mas nos últimos tempos tem sido difícil perseverar nessa crença. Estou naquela época da vida em que cada vez mais só acredito nas pessoas, no que de pessoal elas podem fazer. Confio na alma de quem posso olhar nos olhos.

Continuo ainda sabendo que é preciso lutar por um país mais justo, e ainda persigo o uso das nossas leis como um dos caminhos para poder-mos alcançar justiça social. Tendo trabalhado sempre com pessoas com deficiência, foi esse um dos poucos meios que encontrei para derrubar preconceitos, discriminações, irresponsabilidades, injustiças. De governantes e da sociedade.

A impossível igualdade que permeia a exclusão do diferente é a base do preconceito contra tudo que não é belo, perfeito, competente, eficiente. Perseguimos o respeito às diferenças e à igualdade social como se fossem um sonho inalcançável. Mas o que pode um simples sonho quando o preconceito que confunde deficiência e incapacidade se torna também sinônimo de um despudorado sentimento eugênico?

Acreditar no império da igualdade radical alicerça o preconceito contra a diferença, é por esse caminho que o mundo encontra justificativas para discriminar minorias, alijar diferentes, estigmatizar o imperfeito, coonestar a rejeição, a repulsa. Desse modo encara-se diferença como “deformidade”, como “aleijão”, como “chaga”. Justificam-se assim como instintivas atitudes irracionais de preconceito e discriminação.

Com meus mais de 20 anos de trabalho na área de políticas sociais públicas, ouso dizer que uma das maiores dificuldades existentes para a construção de um país mais igualitário é a discriminação velada que atinge pensamentos e atitudes, e explica preconceitos que se procura sempre justificar.

O poder público no Brasil tem constantemente negligenciado as pessoas com deficiências. Através de justificativas as mais diversas, desde a absurda afirmação de que esse é um problema menor, até a absurda desculpa da escassez de recursos para a área procura-se desculpar a discriminação. Na verdade, esse não-reconhecimento da questão aparece no esquecimento de todos os fundamentos básicos da cidadania, todos eles desrespeitados quotidianamente no que se refere ao deficiente.

Essa insensibilidade lacra o invólucro da inconsciência, oculta a realidade e cria um mundo onde a discriminação encontra justificativa. Através da insensibilidade distancia-se o indiferente, nega-se o outro. A cidadania é ferida em seu princípio de igualdade e a sociedade reafirma a inconsciência da questão. Essa inconsciência e a inconseqüência do preconceito explicam as falsas verdades escondidas, mal ditas, não ditas, que legitimam a exclusão.

Não é preciso citar nem Rui Barbosa nem Lênin sobre a realidade de tratar os desiguais com diferença para construir igualdade. Nem Goffman nem Baudrillard.

Ainda acredito na democracia do voto. Mas devemos sempre lembrar as promessas não compridas de candidatos a presidente, a governador e a prefeito, voltadas para nossas reivindicações e imediatamente esquecidas após a vitória. E sempre recordar os muitos, inúmeros, candidatos que nas horas d campanha procuram o apoio dos votos ligados a 10% da população brasileira, o segmento das pessoas com deficiência.

A questão não é negar a discriminação nem justificar o preconceito, mas acreditar na diferença, e lutar pela justiça social que nos faz a todos iguais perante a lei e o destino.

Compartilhar

Artigos Relacionados

17/02/2011

Justiça de Osasco garante transporte público gratuito a pessoas com deficiência


Leia mais
21/01/2011

Fechar os Olhos


Leia mais
12/01/2011

Obstáculos educacionais afetam os portadores de necessidades especiais


Leia mais

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

logo

Conexão Itajubá

  • Quem somos
  • Agenda
  • Painel de empregos
  • Telefones úteis
  • Contribua com conteúdo
  • Fale conosco
  • Conexão Itajubá
  • Quem somos
  • Notícias
  • Agenda
  • Artigos
  • Painel de empregos
  • Telefones úteis
  • Anuncie
  • Assine o newsletter
  • Contribua com conteúdo
  • Fale conosco
  • facebook
  • twitter
  • whatsapp
  • instagram
© 2019 CONEXÃO ITAJUBÁ - Site desenvolvido por B2ML Sistemas
  • Agenda
  • Artigos
  • Painel de Empregos
  • Telefones Úteis