O ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima foi preso preventivamente nesta segunda-feira (3), por agentes da Polícia Federal. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Geddel estaria tentando obstruir a investigação de supostas irregularidades na liberação de recursos da Caixa Econômica Federal.
O pedido de prisão preventiva feito pela força tarefa da operação Lava Jato teve como base informações fornecidas em depoimentos do doleiro Lúcio Bolonha Funaro, do empresário Joesley Batista e do diretor jurídico do grupo J&F, Francisco de Assis e Silva.
Policiais federais já haviam cumprido mandados de busca e apreensão na casa Geddel, em janeiro deste ano. Na ocasião, o ex-ministro era alvo da Operação Cui Bono, que investiga o suposto esquema de corrupção na Caixa no período entre 2011 e 2013 – época em que Geddel ocupou a vice-presidência de Pessoa Jurídica da instituição.
De acordo com as investigações, Geddel Vieira Lima estaria tentando evitar que o ex-deputado federal Eduardo Cunha e o corretor Lúcio Funaro firmem acordo de colaboração com o Ministério Público Federal, atuando para garantir vantagens indevidas a ambos e “monitorando” o comportamento do doleiro com o objetivo de constrangê-lo a não fechar o acordo.