Já comentei outras vezes sobre o autoritarismo que envolve o futebol mundial. Primeiro se faz necessário entender como funciona a lógica do sistema. A Federação Internacional de Futebol Associado ou FIFA como é mais conhecida, é uma organização sem fins lucrativos que dirige as associações relacionadas ao futebol no mundo. As confederações de cada continente são filiadas a FIFA e responsáveis em promover os campeonatos entre os países de seus respectivos continentes como é o caso da Conmenbol aqui na América do Sul. Cada país tem uma confederação que promove os campeonatos nacionais de cada país, mas tem participação também nos campeonatos regionais. Cada país tem as federações dos estados que promovem os regionais. É uma cadeia que sobrevive dos campeonatos promovidos e de receitas de publicidades, visto que o futebol é uma grande vitrine por ser o esporte de maior apelo de audiência. Uma cadeia que geram milhões em cada esfera. Mas a lógica é que as três entidades de maior escalão dependem muito das receitas das seleções, pois as participações nos borderôs são basicamente das seleções. Agora fica mais claro porque tem tantos campeonatos envolvendo seleções. Copa do Mundo a cada quatro anos, Copa América, copa das confederações, classificatórias da copa do mundo, entre outras. Esse torneio para definir os participantes da Copa do Mundo é um absurdo pelo tempo de execução. É uma vergonha a maneira que é feito. Poderia ser muito mais rápida, com menos jogos. Mas na verdade é um caça níquel para as confederações nacionais, continentais e a Rainha FIFA. O clube faz os investimentos pesados e é obrigado a ceder os seus jogadores para suas respectivas seleções nas datas FIFA, sem custos e sem perdão. O Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), em seu artigo 207, prevê punição para o clube que impedir seu atleta de atender à convocação para a seleção, sob pena de multa que pode variar entre R$ 100 e R$ 100 mil. Existe uma orientação jurídica para que os clubes que se sentirem prejudicados e comprovar que tiveram afrontados os princípios de igualdade de condições entre competidores, são perfeitamente possíveis uma intervenção do tribunal desportivo nessa questão. Foi o que não aconteceu durante a realização da Copa América em que o Flamengo foi obrigado a competir no Brasileirão desfalcado de vários jogadores que estavam servindo a seleção Brasileira nesse torneio. O Flamengo resmungou, mas não processou. Esse excesso de uso de jogadores são injusta e arbitraria, além de um autoritarismo para ganhar muito dinheiro ás custas dos clubes.
Pelo menos essa é a minha opinião!