○ Falta de profissionais na Polícia Civil prejudica atendimento à população

Conforme anunciado pelo delegado titular da 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil, Dr. Cleovaldo Pereira, Itajubá e região receberam recentemente um reforço de doze novos investigadores. Antes da designação a delegacia estava trabalhando com 42% do efetivo ideal, sendo que esse reforço traz uma grande melhoria ao serviço prestado pelo órgão, mesmo que o número continue insuficiente.

O Subinspetor Everton Vieira conta que esse foi o primeiro concurso com exigência de curso superior e que entre os investigadores há formados em Direito, Biologia e Educação Física. Ele diz que os novos integrantes da equipe são vocacionados e comprometidos, sendo que quatro policiais não permaneceram na delegacia e cinco foram designados para Itajubá.

No total, em Itajubá e região havia 24 policiais e agora a área conta com 32 profissionais. A equipe anda trabalha no limite, mas já consegue “dar uma respirada”. Everton explica que isso acontece porque na instituição os concursos acontecem com um intervalo muito grande de tempo e há uma defasagem muito grande de profissionais. Por isso às vezes não é possível dar uma pronta resposta à sociedade, com investigações que levam meses e até anos para serem concluídas.

A crise financeira também é um fator impactante que infelizmente poderá contribuir para que esse quadro não mude. A expectativa é de que o próximo concurso aconteça em cerca de três anos. Essa mesma crise também foi responsável por um aumento no índice de criminalidade.

Entre os atendimentos que a Polícia Civil tem feito na região, destacam-se os crimes contra patrimônio, acentuados pela realidade de desemprego e também influenciados pelo combate ao tráfico de drogas. A equação entre os furtos e o tráfico de drogas é conhecida da polícia. Quando há uma grande apreensão de drogas, um traficante fica endividado e para pagar essa dívida ele parte para outras ações criminosas.

Os principais alvos destes criminosos são pessoas que transportam dinheiro de empresas e comércios. O ideal é que não se mantenha uma rotina para esse serviço, diversificando horário e até mesmo o caminho percorrido até o banco. Guardar dinheiro em cofre na empresa é muito perigoso.