A origem do vírus causador da febre amarela, durante muito tempo, foi motivo de discussão e polêmica, porém estudos recentes utilizando novas técnicas de biologia molecular comprovaram sua origem africana. No Brasil, a febre amarela apresenta dois ciclos epidemiológicos de acordo com o local de ocorrência e o a espécie de vetor (mosquito transmissor): urbano e silvestre.
Em entrevista ao Conexão Itajubá desta terça-feira o Coordenador da Faculdade Wenceslau Brás e infectologista, GustavoTomazini, esclarece algumas dúvidas sobre a vacina contra a Febre Amarela. A vacinação é gratuita em todo o país, porém, antes de se vacinar é importante conhecer as contraindicações e reações da vacina.
A faixa etária recomendada para tomar a vacina é de 09 meses à 65 anos. O infectologista explica então que esta limitação é importante pois, até os 09 meses o sistema imunológico da criança ainda não está adequadamente formado para receber esse tipo de vírus vacinal e, após os 65 anos, o desgaste sofrido pelo sistema imunológico pode trazer complicações muitas vezes até maiores do que a própria doença. Nesses casos então, é importante consultar um médico para a realização dos exames necessários e, caso seja permitido, receber o laudo médico para que o paciente possa receber a vacina.
As reações da vacina, como qualquer outra vacina, geralmente são registradas em até 07 dias depois de receber a dose. A reação é caracterizada por uma série de eventos imunológicos, que podem ou não acontecer, como febre, mal-estar e dor de cabeça, como um início de resfriado. É importante destacar que os sintomas aparecem e somem rápido, não é necessário o uso de medicamentos.
O infectologista destaca também que os macacos que morrem e são identificados com o vírus da doença não são transmissores da mesma. Estes animais atuam como sinalizadores da presença da doença em determinada região e não dever ser caçados ou mortos com o objetivo de eliminar a propagação da doença.
Confira mais detalhes na entrevista.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM