O Flamengo após a mágica temporada de 2019, acabou ficando refém dessa curta e meteórica campanha. Se por um lado entrou na historia do clube e encantou sua torcida, por outro, gerou um impressionante prejuízo que tem causado após esse encanto. Essa rápida jornada fez muito mal para a diretoria, para os torcedores que viraram viúvas de Jorge Jesus e também para os jogadores. As emoções vivenciadas em um pequeno período foram de tamanha intensidade que gerou uma significância no cérebro dos jogadores, gerando uma enorme pressão e concorrência com eles mesmos. Tudo isso aliado a um envelhecimento do elenco. Alguns jogadores que tem grande liderança no grupo estão desgastados com a torcida e tendo baixo rendimento em campo. A diretoria e o novo técnico Dorival Júnior precisam aproveitar mais essa oportunidade de renovar o time (algo que pelo que parece era para ser feito pelo técnico Paulo Sousa, mas ele não teve suporte da diretoria). Fica claro que apenas trocar o técnico não vai resolver os problemas em campo, pois passa pela entrega dos jogadores que está vinculada a capacidade física, psicológica e a obediência em um esquema tático. A verdade é que o Flamengo de 2019 passou como o cometa Halley em 1986. O Halley é o único cometa de curto período que é regularmente visível a olho nu da Terra, e o único cometa a olho nu a aparecer nos céus duas vezes durante uma só geração humana. Agora o seu retorno está marcado para 2061. Tal como o cometa Halley, quem viu o Flamengo de 2019, viu quem não viu não terá outra oportunidade.
Pelo menos essa é a minha opinião!