O criador da Logosofia, Carlos Bernardo González Pecotche, nos ensina que “a vida é pensamento e ação”.
Por lógica natural, nossas ações são derivadas dos pensamentos que temos em nossa mente.
Mas o que são, então, pensamentos para a Logosofia? São entidades autônomas que podem atuar independentemente da vontade do indivíduo, exercendo, muitas vezes, influência autoritária sobre ele.
São eles que animam os atos da nossa vontade; requerem nascer e crescer.
O conhecimento logosófico permite aos homens voltarem a buscar a pureza dos conceitos que a humanidade já viveu um dia. Por esse motivo, os pensamentos logosóficos, além do saber que contêm, possuem a essência de uma ética superior.
Conhecer a realidade dos pensamentos é importante para aprendermos a selecionar aqueles que nos serão úteis e benéficos, tirando da mente os que não favorecem o cumprimento de nosso propósito de ser melhor a cada dia.
Podemos modificar nossa conduta, prerrogativa de toda a humanidade, quando aprendemos a técnica para selecionar os nossos pensamentos.
Neste aspecto, a Logosofia nos oferece uma gama enorme de ensinamentos e recursos que podem ser alcançados com a aplicação do método logosófico, com empenho e firme determinação.
Selecionar os pensamentos que habitam com frequência as nossas mentes, para que possamos nos valer dos melhores, é uma tarefa árdua, dada a presença na mente dos chamados pensamentos-deficiências, como a falta de vontade, a indiscrição, a vaidade e tantos outros que se assenhoreiam da nossa mente, se não somos capazes de criar o que a Logosofia denomina de defesas-mentais.
O autor da Logosofia nos ensina também que “a vida é um espelho onde se reflete o que o ser pensa e faz, ou o que os pensamentos próprios ou alheios o levam a fazer.”
É nosso dever, então, manter esse espelho sempre limpo, para que as imagens que nele se reflitam representem pensamentos de bem — elevados e condizentes com a superação integral que todo ser humano deve buscar.
Ora, se os pensamentos exercem um papel tão fundamental na vida de cada ser, nada mais natural, então, do que instituir na mente um pensamento especial, diferente dos demais, que a ciência logosófica denomina pensamento-autoridade. Se o mantivermos sempre ativo, ele nos ajudará, com sua autoridade, a vencer os velhos hábitos e deficiências travestidos de valores positivos para a vida.
Esse pensamento-autoridade fará com que os conhecimentos logosóficos, oriundos das grandes verdades que emanam dessa sabedoria, conduzam de forma prioritária a vida de quem pratica esses saberes.
Ser reflexivo ajuda-nos a ter um maior controle sobre nossos pensamentos e alcançar a serenidade, recursos que nos ajudam a não atuar por impulso e cometer erros, muitas vezes até crassos, tão prejudiciais à nossa evolução.
Um dos objetivos primordiais do conhecimento logosófico é o de auxiliar a inteligência humana com os elementos que mais estejam ao alcance de sua compreensão, a fim de que possamos eliminar nossas deficiências e corrigir cada um de seus defeitos.
A força intrínseca dos ensinamentos logosóficos oferece-nos a possibilidade de alcançar uma evolução humana e espiritual, eliminando pensamentos-deficiências e alcançando uma convivência humana no mais alto nível.
O viver consciente permitirá contar com os nossos recursos espirituais, tornando as nossas vidas cada dia mais conscientes e transcendentes.
Admitamos, então, que são os pensamentos – segundo esse conceito que a Logosofia apresenta – que imperam no mundo mental em que vivemos. Se não nos preparamos para os buscar, descobri-los e dominá-los, não seremos outra coisa senão joguetes de suas hábeis manobras e, nessas condições, não poderemos esperar nunca o desfrute de uma verdadeira felicidade.
Apresentamos, nos tópicos acima, aspectos proeminentes da essência, da força e da atuação dos pensamentos, os quais, usados sabiamente como nos ensina a Logosofia, constituem um poder em nossa vida, dando consistência ao nosso pensar e ao nosso sentir.