Por Dra. Graça Mota Figueiredo/Do Divino que há em nós
Não conseguimos formar uma turma com o mínimo de 15 alunos para a Pós Graduação em Cuidados Paliativos.
Pena…
Apesar de todos os nossos esforços tivemos apenas 4 inscritos.
Claro que me ponho a pensar: Itajubá ouve falar há 10 anos ou mais de Cuidados Paliativos. Muitas pessoas tiveram a oportunidade de vivenciar esses cuidados, em casa ou no hospital.
Desde que escrevo nos jornais, pessoas me mandam mensagens, falam comigo nas ruas, agradecem muitas vezes pelo trabalho, reconhecem a importância dele, e até me fizeram acreditar que não seria difícil montar na região um grupo de 15 profissionais interessados.
Mas não conseguimos.
Quais serão as razões?
O pouco tempo para divulgação? É possível. Numa grande cidade como São Paulo, Rio ou Belo Horizonte, vejo que se interessam pessoas para cursos com bastante facilidade. Já percebi também que em outras capitais nem sempre isso acontece.
O custo mensal? É possível. É sabido que o custo de vida é maior nas grandes cidades e, consequentemente se pode pagar mais caro. Mas no interior os preços são mais baixos, e isso pode interferir na procura. Entretanto, enquanto não tivermos profissionais formados e experientes no interior, teremos que busca-los sempre nas capitais, onde o custo é mais alto.
O receio, entre os profissionais, de não terem mercado de trabalho garantido? É possível. Os pioneiros talvez não tenham contratos de trabalho garantidos de imediato. Aliás, é sempre assim que acontece, e nisso não há novidade. Mas o outro lado da moeda é conhecido: eles serão os responsáveis por iniciarem um trabalho mais do que necessário é útil à população, e criarão os seus próprios mercados de trabalho.
Os meios de divulgação, mais restritos no interior? Não me parece. Hoje, com a internet, vamos a qualquer lugar e a qualquer hora com as nossas mensagens.
Prorrogamos a nova data para fevereiro de 2020. O início do ano é sempre mais propício para os começos.
Quem pode me ajudar na divulgação?