Há muito tempo se fala e se deseja que uma liga seja criada para fazer a gestão do futebol brasileiro. Nos países onde o futebol é um produto de alto valor comercial, a gestão é realizada por ligas que tem muito profissionalismo para organizar e atender aos objetivos dos clubes possibilitando valorizar o produto e assim aumentar as receitas e consequentemente o crescimento de seus filiados. O Brasil que teve uma iniciativa em 1987 que foi criada por 13 grandes clubes brasileiros para defender seus interesses políticos e comerciais. Essa liga teve vida curta e no primeiro ano em que promoveu um campeonato brasileiro, a Copa União de 87 resultou em uma inacreditável confusão que persiste até hoje em que o Sport de Recife e Flamengo ainda briga por um reconhecimento de título de campeão Brasileiro. Em 2011 o Clube dos 13 foi integralmente excluído como liga de futebol. Agora existe um movimento para uma nova liga. A primeira iniciativa foi de Flamengo, Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo e mais 14 outros clubes que estão chamando de Libra (Liga de Clubes do Brasil). Mas em função das diferenças que tropeçam principalmente em relação a cotas de TV, também foi criada a Forte Futebol que foi liderado por Fluminense, Internacional, Atlético Mineiro e Fortaleza mais 25 Clubes. Assim temos duas iniciativas, mas por enquanto sem nenhuma liga representando os clubes de fato e de direito. Recentemente esses dois grupos que somam 39 clubes incluindo primeira e segunda divisão, se aproximaram buscando uma alternativa que venha a resolver o impasse. O desafio é principalmente chegar a um consenso em relação à participação das cotas de televisão. A Libra defende que do total dos recursos sejam distribuídos com 40% igualmente a todos os clubes, 30% considerando o ranking nacional e 30% no engajamento de torcidas. Isso se os valores totais sejam até 4 bilhões. Caso seja acima desse valor, as condições passam a ser mais igualitária. Outro fator que está sendo discutido é a redução do valor da premiação do campeão. Como se pode perceber a questão é essencialmente financeira e os clubes precisam atentar para as possibilidades de aumento da receita total de cada clube a médio e longo prazo em função das melhorias que naturalmente teriam o produto futebol quando melhor organizado. Será um avanço para o bem de todos retirarem a gestão da CBF que utiliza meios duvidosos e assim poderá focar na seleção brasileira e outras divisões que colaboram para a valorização de nosso futebol. A grande questão é saber quando essa liga vai dar liga?
Pelo menos essa é a minha opinião!