Uma senhora estava molhando o jardim de sua casa quando foi interpelada por um garotinho de 9 anos, que lhe disse:
– Dona, tem pão velho?
– Se está com fome, posso dar um jeito. Onde você mora? – perguntou a senhora.
– Depois do zoológico – respondeu o menino.
– Bem longe daqui, hein? Você está na escola? – quis saber ela.
– Não – disse ele. – Minha mãe não tem dinheiro para comprar material!
– E seu pai, mora com vocês?
– Já faz tempo que ele sumiu! – falou o garotinho de olhar triste.
A mulher, então, sentou-se no banco do jardim e disse-lhe:
– Antes do pão, quero que você me conte um pouco de sua vida, de seus irmãos…
E o papo prosseguiu.
A bondosa senhora jogou água nos pés do menino, deu-lhe uma toalha para se enxugar e ficou alguns minutos ao seu lado, dialogando. Depois, disse-lhe sorrindo:
– Vou buscar alimento. Serve pão novo?
– Não precisa, não. A senhora já conversou bastante comigo, isso é suficiente. Vou andando e volto amanhã. A que horas a senhora estará aguando estas plantas novamente?
Pois é, que poder mágico tem o gesto de falar e ouvir com amor, não? Por acaso, você já ouviu isto de alguém: ‘Não preciso de mais nada hoje; já conversou bastante comigo, isso é suficiente!’?
Há quanto tempo você sabe que os pobres ganham muitos ‘pães velhos’? Apenas o ‘pão de amor’ não fica velho, porque ele é fabricado no coração de quem acredita Naquele que disse: “Eu sou o Pão da Vida!”