É impressionante como um clube como o Flamengo que tem pretensões de se transformar em um clube multinacional, que tem um desempenho financeiro excepcional, sendo o maior orçamento no continente Sul Americano, mas na direção do futebol que é seu principal atrativo e gerador de oportunidades de negócios manter uma direção totalmente amadora. Incompetência para fazer gestão de grupo, falta de critérios na contratação de técnicos, baixa produtividade no uso do dinheiro quando aplicado em competições, falta de competência pelo departamento de prospecção no time profissional. Uma filosofia de investimento na base, mas vendendo os meninos ainda de maneira precoce para comprar jogadores já famosos, mas com altos salários e idades avançadas. Várias práticas que a meu ver estão equivocadas e precisam ser revistas pela atual diretoria. Mas isso depende de mudanças na gestão do futebol que está sob comando de uma pessoa que não tem formação e competência para estar à frente de um clube com as dimensões de orçamento e marca Flamengo. Em crônicas anteriores já comentei aqui nesse espaço sobre a falta de produtividade principalmente quando se compara com o orçamento de desempenho do Botafogo em que seu principal investidor e dono montou uma equipe tecnicamente competente para fazer a gestão do futebol. Poucos se lembram de que logo que o Botafogo foi comprado, seu investidor John Textor demitiu o técnico brasileiro que tinha feito uma excelente campanha na segunda divisão do brasileiro, mas pelo técnico não ter fluência no idioma inglês para fazer reuniões e trocar ideias e fazer benchmarking com profissionais de outros clubes que o empresário também tem ações, ele preferiu trazer um técnico estrangeiro e com as características que desejava para estruturar o time. É uma outra visão de futebol como empresa. É isso que falta na direção de futebol do Flamengo. Imaginem se pegasse o desempenho financeiro do Flamengo e a competência e profissionalismo da gestão do futebol do Botafogo?
Pelo menos essa é a minha opinião!