Houve um aumento da incorporação de tecnologias digitais em vários segmentos da atividade empresarial, nos últimos anos. A chamada nova revolução industrial, a indústria 4.0, promete levar os ganhos de produtividade além do nível operacional. Impacta, entre outras coisas, na potência de produtividade do País.
O novo conjunto de tecnologias, como big data, internet das coisas, inteligência artificial, promete melhorar a remuneração dos profissionais capacitados; otimizar o aproveitamento das novas tecnologias; encurtar os prazos de lançamento de novos produtos; flexibilizar as linhas de produção e, no fim da linha, melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Segundo o diretor-nacional de Operações do SENAI, Gustavo Leal, a indústria 4.0 se apropria das novas tecnologias de base digital e, com isso, há uma profunda mudança na forma da produção das coisas.
“Isso tudo vai trazer um enorme ganho de produtividade para as empresas e vai trazer para o Brasil também uma excelente oportunidade de nós resolvermos uma série de problemas que nós temos no que diz respeito à competitividade e prosperidade da indústria.”
A combinação do Big Data com o emprego da Inteligência Artificial, por exemplo, melhorará o uso de insumos e aumentará a qualidade dos serviços executados. Já pensou em poder, em uma mesma linha de produção, criar bens personalizados de acordo com a necessidade de do cliente? Em cor, tamanho, funções? Essa é a customização em massa, uma maneira de produzir de uma vez só vários tipos de bens. A incorporação de novas tecnologias pelas empresas permitirá esse tipo de serviço, segundo o diretor-nacional de Operações do SENAI, Gustavo Leal.
“Nós precisamos muito, como país de termos estratégias muito bem definidos em relação à preparação de uma infraestrutura adequada para isso, principalmente no que diz respeito à conectividade, à velocidade de internet. Mas, talvez, o desafio principal seja a capacidade que o país venha a desenvolver de formar as pessoas com perfis competentes, adequados para esse novo patamar tecnológico.”
Última pesquisa da Confederação Nacional da Indústria, a CNI, sobre o assunto, revela quais setores têm mais utilizado tecnologias digitais e quais, por alguma razão, ainda não fizeram esse caminho. Mais de duas mil empresas de todos os portes foram entrevistadas e disseram fazer uso de dez tipos de tecnologias digitais, em diferentes estágios da cadeia industrial.
Fonte: Agência do Rádio