A produção industrial de Minas Gerais registrou, em agosto deste ano, queda de 0,1% em relação a julho já descontadas as influências sazonais, mesmo índice do país, mas acumula crescimento de 10,9% na comparação com igual mês do ano anterior, resultado acima da média nacional de 8,9% para idêntico período. Na passagem de julho para agosto, o comportamento reflete uma virtual estabilidade.
A informação foi divulgada nesta quarta-feira (6), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), assinalando que, no acumulado de 12 meses, Minas Gerais ficou acima da média nacional de 9,9% ao registrar uma expansão da produção da ordem de 12,7%.
O indicador acumulado janeiro-agosto, segundo o IBGE, mostra perfil generalizado de crescimento frente ao mesmo período de 2009. Com ritmo mais acentuado que a média nacional de 14,1%, situam-se, além de Minas Gerais (19,2%), o Espírito Santo (31,7%), o Amazonas (23,8%), Paraná (17,9%), Goiás (16,8%), Ceará (16,6%) e Pernambuco (15,6%), revela o IBGE.
Entre julho e agosto deste ano, a produção industrial caiu em nove dos 14 locais pesquisados. Paraná, com queda de 7,2%, assinalou o recuo mais acentuado, influenciado principalmente pela paralisação técnica ocorrida no setor de refino de petróleo e produção de álcool. Com redução acima da média nacional (-0,1%), ficaram: Goiás (-4,8%), Rio Grande do Sul (-4,3%), Pernambuco (-4,0%), Amazonas (-3,0%), região Nordeste (-1,9%), Bahia (-1,7%) e Espírito Santo (-1,1%). Apenas o Pará (2,4%), Rio de Janeiro (1,6%), São Paulo (1,3%), Ceará (0,8%) e Santa Catarina (0,1%) registraram aumento na produção.
Na comparação com igual mês do ano anterior, os resultados foram positivos nas 14 regiões pesquisadas. Vale destacar que agosto de 2010 teve 22 dias úteis, um a mais que em agosto 2009. Os avanços mais intensos que a média nacional (8,9%) foram observados no Ceará (17,4%), Espírito Santo (15,0%), Pará (11,2%), Minas Gerais (10,9%), Rio de Janeiro (9,6%), São Paulo (9,4%), Paraná (9,1%) e Amazonas (9,0%). As demais taxas positivas ficaram com região Nordeste (8,0%), Rio Grande do Sul (5,4%), Pernambuco (5,1%), Goiás (4,6%), Bahia (4,4%) e Santa Catarina (3,8%).
O indicador acumulado janeiro-agosto também mostrou perfil generalizado de crescimento frente ao mesmo período de 2009, com todos os locais apontando expansão na produção. Com ritmo mais acentuado que a média nacional (14,1%) situaram-se: Espírito Santo (31,7%), Amazonas (23,8%), Minas Gerais (19,2%), Paraná (17,9%), Goiás (16,8%), Ceará (16,6%) e Pernambuco (15,6%). São Paulo, parque industrial mais diversificado do país e de maior peso na estrutura da indústria, cresceu 13,5%.
Observa-se nesses destaques uma forte presença da indústria automobilística (automóveis, caminhões e autopeças), de setores produtores de eletroeletrônicos (eletrodomésticos das linhas branca e marrom) e de máquinas e equipamentos, além das atividades associadas às commodities exportadas (minérios de ferro e siderurgia). Os demais resultados foram: região Nordeste (13,3%), Bahia (12,4%), Rio de Janeiro (10,2%), Rio Grande do Sul (10,1%), Santa Catarina (9,4%) e Pará (8,5%).
Na evolução dos índices quadrimestrais, o setor industrial avançou 10,8% no período maio-agosto, ritmo menos intenso que os 18,0% registrados nos quatro primeiros meses do ano, ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Isso reflete não só o comportamento mais moderado da atividade industrial nos últimos meses, mas também a elevação da base de comparação. Nos índices regionais, esse movimento foi observado em 12 dos 14 locais investigados, com destaque para as reduções no ritmo de crescimento de Goiás, que passou de 26,6% nos quatro primeiros meses do ano para 9,0% no segundo quadrimestre, Amazonas (de 32,7% para 16,1%), Espírito Santo (de 40,3% para 24,6%) e Minas Gerais (de 25,2% para 14,2%). Os dois únicos locais que apontaram ganho de dinamismo entre esses dois períodos foram Ceará (de 15,3% para 17,8%) e Paraná (de 11,6% para 23,9%).
Fonte: Agência Minas