A guerra civil na Síria originou o que está sendo chamada de a maior emergência humanitária da nossa era. O movimento revolucionário chamado de Primavera Árabe teve início em 2011 e já matou mais de 400 mil pessoas, continuando através dos dias com bombardeios e crescente domínio terrorista. Diante das cidades devastadas e a incerteza em relação ao futuro do seu país, famílias inteiras têm engrossado a crescente marcha dos refugiados em direção à Europa, deixando para trás tudo o que possuem e arriscando suas vidas em um caminho difícil até as fronteiras, onde nem sempre são bem-vindos.
O Tenente Coronel Odair Pereira, comandante do 4º Batalhão de Engenharia de Combate, explica que aquela região da Síria é em si uma bomba prestes a explodir. A cada momento surge um novo fato ou uma situação que já existia acaba se agravando. É preciso lembrar que o potencial econômico daquela região é muito elevado e os interesses dos outros países giram em torno desse potencial, principalmente. Não existe, rigorosamente falando, os chamados países irmãos. A ajuda vai até certo ponto. Basicamente, enquanto houver interesse (econômico) haverá ajuda.
A região é muito rica em petróleo, sendo palco de diversos conflitos como a Guerra do Golfo, intervenções no Afeganistão na década de 80 pelos soviéticos e mais recentemente, pelos Estados Unidos. Todas essas ações movidas por interesses econômicos, que acabam por levar ao conflito entre os grupos (principalmente religiosos) que ali já estavam por poder. “Ninguém quer mandar em um país que não tenha de onde se extrair riquezas”, comenta o comandante.
Os grandes causadores dessa tragédia que acontece na Síria e também nos outros países daquela região são as grandes potências mundiais que dependem do petróleo, portanto. Essas grandes potencias acabam muitas vezes negociando com alguns dos grupos que estão em conflito, financiando a sua ascensão ao poder. Os grandes interessados na saída do ditador que comanda a Síria são essas mesmas potências, com a simples intensão de se apossar do petróleo que ali existe.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM