Você já viu um passarinho dormindo num galho fino sem cair? Sabe como ele consegue isso? O segredo está nos tendões das pernas: eles são gerados de forma que, quando o joelho está dobrado, o pezinho segura firmemente qualquer coisa. E os pés não irão soltar o galho até que a avezinha desdobre o joelho para voar.
É uma maravilha da natureza, concorda? Que incrível imaginação teve o Criador para manter o passarinho na árvore! Mas, não é tão diferente em nós…
Quando tudo está ameaçando cair, a maior estabilidade nos vem de um joelho dobrado em oração. Se você se vê num emaranhado de problemas que o fazem desanimar de caminhar, não continue sozinho. Jesus quer fortalecê-lo e seguir consigo por toda a vida. É Ele quem renova a sua fé!
Se Ele cuida de um passarinho, imagina o que não fará por você! Basta crer nisto: “Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiseres e vos será feito” (João 15,7).
Eis um texto do romancista mexicano Hugo Vaz:
“Quando se pensa que nem a Santíssima Virgem pode fazer o que um sacerdote faz, e que nem príncipe algum daqueles que venceram Lúcifer podem fazer o que um sacerdote faz. Quando se pensa que Jesus, na última Ceia, realizou um milagre maior do que a criação do Universo com todos os seus esplendores e, esse prodígio, o sacerdote pode repeti-lo todos os dias…
Quando se pensa no outro milagre que somente um sacerdote pode realizar: perdoar os pecados; e o que ele liga no seu humilde confessionário, Deus o liga no Céu, e o que ele desliga, no mesmo instante o desliga Deus… Quando se pensa que o mundo morreria da pior fome possível se chegasse a lhe faltar esse pouquinho de Pão e esse pouquinho de Vinho…
Quando se pensa que isso pode acontecer porque estão faltando vocações sacerdotais, e que, se isso acontecer, se estremecerão os céus e se romperá a Terra, como se a mão de Deus tivesse deixado de sustentá-la; e as pessoas gritarão de angústia e pedirão esse Pão, e não haverá quem lhes dê; e pedirão a absolvição de suas culpas, e não haverá quem as absolva; e morrerão com os olhos abertos pelo maior dos espantos…
Quando se pensa que um sacerdote é mais necessário do que um presidente, mais do que um militar, mais do que um médico, mais do que um professor, porque ele pode substituir a todos em parte de suas atividades e ninguém pode substituí-lo. Quando se pensa que um sacerdote, quando celebra no altar, tem uma dignidade maior do que um rei, e que não é um símbolo, mas é Cristo mesmo que está ali, repetindo o maior milagre de Deus…
Quando se pensa em tudo isso, compreende-se a imensa necessidade de fomentar as vocações sacerdotais; compreende-se o afã com que, nos tempos antigos, cada família ansiava que do seu seio brotasse, como um ramo de perfume, uma vocação sacerdotal; compreende-se o imenso respeito que os povos tinham pelos sacerdotes – o que se refletia em suas leis…
Compreende-se que o pior crime que alguém pode cometer é impedir ou desanimar uma vocação; compreende-se que se um pai ou uma mãe obstruem a vocação sacerdotal de um filho, é como se renunciassem a um título de honra incomparável; compreende-se que mais do que uma igreja, mais do que uma escola e mais do que um hospital, é um seminário ou um noviciado…
Compreende-se que ajudar a construir ou manter um seminário é multiplicar os nascimentos do Redentor; compreende-se que ajudar a custear os estudos de um jovem seminarista é aplainar o caminho por onde chegará ao altar um homem que, durante meia hora todos os dias, será muito mais que todas as celebridades da Terra e que todos os santos do Céu, pois será Cristo mesmo, sacrificando o seu Corpo e o seu Sangue, para alimentar o mundo!”
Caro leitor, quanta verdade, não? Por isso é que eu respeito um sacerdote acima de todas as demais pessoas. Por isso, independentemente da idade, o chamo de ‘senhor’. Por isso eu tomo a bênção desses representantes de Cristo. Por isso devemos beijar-lhes as mãos. Por isso temos que dobrar os joelhos e rezar diariamente pelas vocações sacerdotais. Por isso não devemos falar mal de padres. Por isso devemos compreendê-los como seres humanos e amá-los como enviados de Nosso Senhor.
Obrigado sacerdotes. Muito obrigado meu Deus!