Nesta época de chuvas, os riscos de contrair leptospirose aumentam. A doença, transmitida pela água contaminada pela urina de ratos, infecta as pessoas que têm contato com água de enchentes e alagamentos, no entanto uma simples poça pode também estar contaminada, principalmente em locais onde há presença de lama.
Segundo o Professor Gustavo Thomazine, especialista na área de genética, Infectologia e imunologia, a leptospirose é considerada uma zoonose, ou seja, uma doença onde um animal, geralmente um vertebrado, está envolvido no processo de transmissão. A leptospirose é uma doença infecciosa que contamina cerca de 160 mamíferos catalogados pela Organização Mundial de Saúde – OMS. O principal vetor para transmissão para o homem é o rato.
A infecção humana acontece quando a bactéria penetra na pele através de pequenos ferimentos e lesões e o contágio se dá pela água contaminada com a urina dos roedores que saem nesse período de chuva atrás de alimentos.
A pessoa também pode se contaminar se ficar exposta à água contaminada mesmo com pele íntegra ou através do contato com mucosas e é possível que uma pessoa transmita para outra.
A doença pode ser assintomática. Quando se instalam, os sintomas são febre alta que começa de repente, mal-estar, dor muscular, de cabeça e no tórax, olhos vermelhos , tosse, cansaço, calafrios, náuseas, diarreia e vômitos. Icterícia, hemorragias, complicações renais, torpor e coma são sinais da forma grave da doença, que pode levar à morte.
Para evitar a doença é preciso ter cuidado com a higiene e com os alimentos, tanto para as pessoas quanto para os animais de estimação. Hoje já existem vacinas contra leptospirose para cães. O tratamento é feito com antibióticos e terapia. No Brasil a letalidade é de 10% a 15% na forma geral, mas se a doença evoluir para a forma pulmonar, a letalidade sobre para 50%.
Mais informações na Escola de Enfermagem Wenceslau Braz, pelo sitewww.eewb.brou peo telefone (35) 3622 0930.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM