Todos nós sabemos, é claro, que mães devem ser amadas e lembradas em todos os dias do ano; mas o dia que destinamos a elas é sempre uma oportunidade de homenageá-las de novo e de novo.
O domingo delas sempre acorda com um ar de excitação; o céu parece mais azul, o ar mais fresco, as flores mais coloridas… E se apressam os filhos a chegarem mais cedo nas casas delas, um sorriso carinhoso no rosto e as mãos cheias de amor em forma de presentes.
Nem sempre é assim, que a vida insiste em não ser cor de rosa, mas todos gostaríamos que fosse e, entre todos, elas especialmente.
Talvez entre elas, as que mais gostassem de ver os filhos entrando porta a dentro são as que não mais os têm.
Mães que perdem os filhos em qualquer idade, nunca mais se recuperam da perda.
E eles podem se perder delas por tantos motivos…
Pelas drogas, pelo alcoolismo, pela distância física quando moram muito longe, pela distância emocional quando se desentendem, pela distância que nem se sabe quando e onde começou…
Às vezes, até pela morte.
Essas mães esperam inutilmente pelos filhos que as abraçariam nesse dia. Muitas delas choram desconsoladas, outras se culpam amargamente pelo que possam não ter feito melhor, outras se arrependem de não terem proibido.
Essas mães, embora outros filhos as abracem, têm sempre um canto do coração que sangra.
Essas mães, embora o céu seja límpido e ensolarado, molham-se da chuva fria da dor e do arrependimento.
A essas mães é que eu gostaria de dedicar esse Dia das Mães que se aproxima. Que elas se aconcheguem nos braços carinhosos do perdão, que elas recebam dos abraços que chegarem a compensação dos que faltarem.
Feliz Dia das Mães, mulheres que sofrem a falta dos filhos!