Por Prof. Paulo R. Labegalini
Hoje, vou relatar cinco casos e concluí-los com ditados populares e reflexões bíblicas.
Primeiro caso: Num curta-metragem dirigido pelo velho mestre Hitchcock, havia uma jovem condenada à prisão perpétua que sempre tentava fugir do cárcere. Combinou, então, com o coveiro da penitenciária, sair de lá no mesmo caixão do próximo defunto. Minutos depois de serem sepultados, o coveiro a desenterraria do cemitério da cidade e, assim, estaria livre.
Na noite seguinte, ouviu a campainha anunciar a morte de um presidiário e logo correu pelo corredor escuro até o necrotério. Feliz pela eminente liberdade, entrou rapidamente no caixão, compartilhando o apertado espaço interno com o morto. Bem cedo, foram conduzidos à sepultura e cobertos de terra.
Já quase sem ar e preocupada com a demora do amigo em retirá-la da cova, a fugitiva acendeu o isqueiro para matar a curiosidade da identidade do companheiro ali sepultado. E o filme terminou com o seu forte grito ao ver que consigo estava enterrado o seu cúmplice – o coveiro!
Ditado popular: ‘Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe’. Livro dos Provérbios: ‘A glória será o prêmio do sábio, a ignomínia será a herança dos insensatos’.
Segundo caso: – Este, não chega a ser um caso, mas servirá de exemplo. – Há muito tempo, num programa do Jô Soares, ouvi alguns nomes estranhos de pessoas – todos registrados em cartório –, que afrontam o bom senso e o respeito pelo ser humano. Eis seis deles: Naída Navinda Navolta Pereira, Antonio Manso Pacífico de Oliveira Sossegado, Antonio Treze de Junho de Mil Novecentos e Dezessete, João Cara de José Casou de Calças Curtas, Lançaperfume Rodometálica da Silva e Maria Passa Cantando.
Já pensou na gozação que cada um desses indivíduos teve que enfrentar na vida devido à irresponsabilidade dos pais? No mesmo programa, eu ouvi outros nomes ainda piores, mas, tão obscenos, que não posso transcrevê-los aqui.
Ditado popular: ‘Pimenta nos olhos dos outros não arde’. Livro da Sabedoria: ‘Porque aqueles que desprezaram a Sabedoria, não somente se prejudicaram em ignorar o bem, mas ainda deixaram aos homens um testemunho de sua loucura, para que seus pecados não fossem esquecidos’.
Terceiro caso: Certa época, eu soube de um jovem professor que havia marcado um horário para fazer revisão das provas na presença dos alunos. Antes de iniciar, foi até a biblioteca da escola e, por acaso, avistou uma linda aluna do curso que ministrava. Foi chegando e puxou um papinho mal intencionado:
– Olá, você vai à minha sala ver a sua prova?
– Não, professor. Eu fui muito mal e estão faltando dez pontos pra passar!
– O que são dez pontos? Quem sabe você cometeu algum erro à toa? Não custa olhar!
– Mesmo que eu quisesse, não posso. Estou estudando para fazer outra prova daqui a pouco.
– Está bem, vou completar a sua nota e depois você passa lá pra conferir, certo?
– Que bom! Muito obrigada.
No caminho de volta à sala, avistando um grande número de alunos lhe esperando, a consciência do professor ‘começou a pesar’ e, para remediar, ele foi dizendo à turma:
– Atenção todos, até dez pontos eu ‘intero’, mas, mais do que isso, não adianta chorar que não tem!
Ditado popular: ‘São nas pequenas pedras que mais tropeçamos’. Palavras do Eclesiastes: ‘Boa fama vale mais que bom perfume’.
Quarto caso: Um granjeiro convivia com mortes inexplicáveis de suas galinhas. Já havia até se acostumado com a ideia quando notou que o problema se agravou. Num bate-papo com o seu compadre, foi aconselhado a colocar sal misturado à ração. Seguiu a orientação, mas não adiantou em nada.
Voltou a conversar com o compadre e soube de outra alternativa: banhá-las com água morna toda manhã. Em poucos dias, a mortalidade aumentou. Desesperado, foi novamente socorrido pelos conselhos do compadre que pediu para cortar as penas dos rabos rapidamente. Mais alguns dias e todas morreram!
Encontrando com o seu ‘conselheiro’ e contando que havia perdido toda a criação, o granjeiro ouviu do compadre: ‘Pena que não sobrou nenhuma, pois eu ainda tinha tantos conselhos bons pra te dar!’
Ditado popular: ‘Se conselho fosse bom, ninguém o daria de graça’. Livro do Eclesiástico: ‘Há quem se cala e é considerado sábio, e quem se torna odioso pela intemperança no falar’.
Quinto caso: Um caçador de elefantes estava preste a desferir um tiro no seu alvo, quando notou que o pobre animal encontrava-se ferido com uma farpa na pata e mal podia locomover-se. Piedoso, o caçador jogou o rifle e passou a curar o ferimento do elefante, deixando-o partir agradecido.
Anos após, estando o mesmo caçador em situação desesperadora, entre a vida e a morte nas garras de um tigre, surgiu um elefante enfurecido com o felino e o salvou. Muito ferido, foi levado na tromba do animal até o alto de uma montanha, fora do perigo da floresta. Só então percebeu que era o mesmo paquiderme que ele havia salvado anos atrás.
Comovido, o homem ergueu-se para agradecer, mas o elefante, num movimento inesperado, jogou-o morro abaixo sem que pudesse esboçar reação. E o bravo caçador morreu.
Ditado popular: ‘De nada adianta ter uma memória de elefante se agir com irracionalidade’. Salmo 38: ‘De fato, o homem passa como uma sombra; é em vão que ele se agita; amontoa, sem saber, quem recolherá’.
Reflita sempre na Palavra de Deus e terá casos reais maravilhosos para contar.