Numa pesquisa de revista, feita com os principais executivos de grandes empresas, 48% dos entrevistados gostariam de ter um trabalho que os realizassem profissionalmente e deixassem tempo livre para a família e o lazer. E 64% deles admitiram que, nesse estágio da carreira, escolheriam ter mais tempo do que dinheiro!
Pois é, cada vez mais a família tem sido deixada de lado em função das urgências do dia-a-dia, mas se vivêssemos 100% do tempo em família, provavelmente ficaríamos entediados e gostaríamos de novos desafios, certo? Então, é fácil concluir que o equilíbrio entre o trabalho e a família é o passo certo para a felicidade. O problema é que, quando estamos com a família, muitas vezes continuamos trabalhando e mal temos tempo para conversarmos tranquilamente com a esposa, com os filhos etc.
O texto que me referi no início destaca que “muitas famílias moram juntas, mas não vivem juntas – a união familiar está sendo vencida pela falta de tempo! Quando nos damos conta, alguns pequenos problemas já se acumularam, se juntaram e causam rupturas familiares”.
No livro ‘Administração do Tempo’ que escrevi, procuro mostrar que para começarmos a viver com qualidade e para não dar tanto valor na quantidade do trabalho processado, precisamos usar o tempo com sabedoria. Isso significa: técnica e arte!
E além de paz nos lares, também precisamos resgatar bons momentos de relacionamento em grupo em nossa cidade porque há aqueles que explicitamente são desobedientes aos Mandamentos e vivem enfurnados no pecado. Como recuperar essas pessoas?
Contam que, um dia, um aluno pediu ao professor uma folha em branco para refazer a primeira questão da prova. Olhando o espaço disponível, ele lhe disse que poderia riscar os erros e resolver o exercício na própria página. Em casa, ao corrigir a questão, logicamente não considerou a parte nula e deu valor àquilo que ele havia acertado.
Deus também age assim conosco; aliás, ao invés de riscar o passado, Ele sempre permite que usemos uma nova folha em branco. E reflita se não é maravilhoso podermos confessar os pecados, sermos perdoados por tudo que fizemos de errado e, ainda, escrevermos uma nova história que nos levará à salvação!
Tudo isso só depende de cada um, mas, infelizmente, muita gente diz que acredita em Deus só da boca pra fora, porque na hora de deixar de pecar e aceitar os Mandamentos, prefere continuar repetindo os erros. E – o pior! – deixando de se confessar, a folha de sua vida continuará manchada e será avaliada com fatos condizentes à condenação. É importante lembrar que a falta de perdão também é um pecado!
Não vale a pena deixar de perdoar sabendo que tudo passará com o tempo, queiramos ou não! E assim como há semelhanças entre pessoas, também há diferenças; e quem insiste em guardar mágoa, na verdade tem vergonha de ser igual aos bons e perder a identidade – além de desobedecer a Cristo!
Jogue fora sentimentos de tristeza, de menosprezo, de mágoa, de ódio, de injustiça contra você. Pare de remoer o passado, de abrir mão do direito de fazer justiça, de colocar diante de Deus sua frustração por não conseguir o que você quer. Seja um espelho de fé!
Se você caiu, levante-se! Se você perdeu, tente de novo! Nunca é tarde para reconstruir e recomeçar sua vida. Não deixe para amanhã; comece hoje! Você vai vencer se souber aliar: tempo, perdão, disciplina e oração. Parte disso sairá desta história:
Um mecânico estava desmontando o cabeçote de uma moto, quando viu na oficina um cardiologista muito conhecido. Deu um sinal a ele e falou: ‘Doutor, olhe este motor. Eu abro seu coração, tiro as válvulas, conserto-as e ponho tudo de volta para trabalhar perfeitamente. Como é que ganho tão pouco comparado ao senhor, se o nosso trabalho é praticamente o mesmo?’ O cirurgião deu um sorriso, se inclinou e disse baixinho ao mecânico: ‘Tente fazer isso com o motor funcionando!’
Independentemente de quanto cada um ganha, pense no seguinte: Você gostaria que Jesus operasse um grande milagre no seu coração? Para que isso acontecesse, escolheria estar vivo ou morto? E quanto pagaria a Ele por isso? Seria capaz de pedir-lhe perdão e deixá-lo morar em você para sempre? Se respondeu ‘sim’, tem absoluta certeza disso?
Então, chegamos a um método de salvação: ‘Plantar a verdade para colher confiança; plantar o amor para colher amizade; administrar o tempo para colher gratidão; plantar a fé para colher milagres; e plantar o perdão para, enfim, colher salvação’. Boa colheita!
Ø Paulo R. Labegalini
Cursilhista e Ovisista. Vicentino em Itajubá. Engenheiro civil e professor doutor do Instituto Federal Sul de Minas (Pouso Alegre – MG).