Um copo com líquido pela metade, para alguns está meio cheio, para outros, meio vazio… Variações no olhar o mundo e a vida. Otimistas e pessimistas, variações de um mesmo tema; importante estar consciente da lente que filtra o olhar. Se conhecer é diminuir as chances de causar mal estar, é falar a linguagem familiar ao outro para que a troca e a comunicação sejam plenas.
Sobre o ano que findou vale refletir: o que você fez de realmente importante em sua vida? Fosse 2013 o último ano de sua vida, teria feito tudo o que gostaria? Viveu dando o melhor de si nas relações de forma que agora se sente leve para iniciar um novo ano?
Faça uma lista:http://www.youtube.com/watch?v=aV99ypbCidw
Trabalho e estudos foi motivo de sofrimento ou alegria? Trabalhar e descansar, inspirar e expirar, dois lados da moeda, sem o que a vida não passa, pesa, para você e para os que estão ao seu lado. A incapacidade de parar pode ser sintoma de que algo não vai bem! Genial nesse sentido o artigo proposto pelo Nilton Bonder “Os domingos precisam de feriados”, veja na internet. Nas palavras dele:“Quem ganha tempo, por definição, perde. Quem mata tempo, fere-se mortalmente. É este o grande “radical livre” que envelhece nossa alegria – o sonho de fazer do tempo uma mercadoria.”
Os excessos são esconderijos discretos: não enfrentar problemas alheios ao trabalho, não enfrentar problemas familiares, não enfrentar problemas pessoais sérios. Fuga do possível vazio da vida improdutiva que há muito se tornou apenas reprodutiva e raramente produtiva. Ter mais brilho, subir mais alto, mais luxo, pilotar um foguete, pode ser, mas para que mesmo?
Uma rota de fuga rápida e simples de não pensar nisso está nos hábitos e consumo de substâncias e viagens que anestesiam a consciência. Consciência que deve justamente ser preparada para suprir as deficiências do ano que passou.
Para pensar em 2014, somente de passagem, quem é você nesse conto?
“Somente de Passagem”
“Um turista chega à cidade do Cairo, com o objetivo de visitar um famoso sábio. E fica muito surpreso, quando ao encontrá-lo, vê que este mora em um quartinho muito simples e cheio de livros. As únicas peças de mobília são uma cama, uma mesa e um banco.
–Onde estão os seus móveis? – pergunta o turista.
E o sábio, bem depressa, pergunta também:
–E os seus, onde estão?
–Os meus?! – surpreende-se o turista. – Mas eu estou aqui só de passagem.
– Eu também… – conclui o sábio.”