Carpas também são aquelas pessoas que, numa negociação, sempre cedem e recuam; em crises, se sacrificam por não gostarem de ver outros sofrendo. Jogam o perde-ganha – perdem para que outros possam ganhar.
Eis a declaração que a carpa faz para si mesma:
– Sou uma carpa e acredito na escassez. Em virtude dessa crença, não espero jamais ver o melhor para mim. Assim, se não posso escapar da responsabilidade do destino dos outros, eu geralmente me sacrifico.
O tubarão, por natureza, agride mesmo quando não é provocado. Ele também crê que vai faltar alimento e, assim, que falte para outro, não para ele! Quer sempre tomar de alguém e passa o tempo todo buscando vítimas para devorar.
Que vítimas são as preferidas dos tubarões? As carpas! Tanto o tubarão como a carpa acabam viciados nos seus sistemas. Costumam agir de forma automática e irresistível, mas os tubarões jogam o ganha-perde – têm que ganhar sempre, não se importando que o outro perca.
Eis a declaração que o tubarão faz para si mesmo:
– Sou um tubarão e acredito na escassez. Em razão dessa crença, procuro obter o máximo que posso, sem nenhuma consideração pelos outros. Primeiro, tento vencê-los; se não consigo, procuro juntar-me a eles.
O terceiro tipo de animal é dócil por natureza, mas, quando atacado, revida. E se um grupo de golfinhos encontra uma carpa sendo atacada, defende a vítima e ataca seus agressores. São algumas das criaturas mais respeitadas das águas e, podemos afirmar, que são muito inteligentes!
O comportamento dos golfinhos em volta dos tubarões é legendário. Com astúcia, podem ser mortais para os tubarões. Os golfinhos nadam em torno e martelam; nadam e martelam. Usando seus focinhos bulbosos como clavas, eles esmagam metodicamente a caixa torácica do tubarão até que a criatura feroz deslize impotente para o fundo.
Portanto, escolhi o golfinho para simbolizar como tomar decisões e como lidar com rápidas mudanças devido às habilidades naturais desse mamífero. Os golfinhos procuram sempre o equilíbrio, jogando o ganha-ganha – tentam encontrar soluções que atendam às necessidades de todos.
Declaração que o golfinho faz para si mesmo:
– Sou um golfinho e acredito na escassez e na abundância potenciais. Assim como creio que posso ter qualquer dessas duas coisas, aprendo a tirar o melhor proveito da minha força e a utilizar os recursos de um modo eficaz.
Se os golfinhos podem fazer isso, por que não nós? É possível participar do processo ganha-ganha no nosso cotidiano? É sempre bom lembrar que o nosso egoísmo e prepotência são finitos, chegando ao fim quando menos se espera. Esta história pode contribuir para vermos a vida com olhos de gratidão a Deus:
Certo dia, a pedra disse: ‘Eu sou forte!’
Ouvindo isso, o ferro falou: ‘Eu sou mais forte que você! Quer ver?’
Então, os dois duelaram até que a pedra se tornasse pó. Veio o fogo e disse ao ferro: ‘Eu sou mais forte que você! Quer ver?’
Também duelaram até que o ferro se derretesse. E a água disse: ‘Eu sou mais forte que você, fogo! Vamos ao duelo.’
Então, os dois duelaram até que o fogo se apagasse. Vendo isso, a nuvem disse: ‘Eu sou mais forte que a água!’
As duas duelaram até que a nuvem visse a água evaporar. E logo chegou o vento, dizendo à nuvem: ‘Eu sou mais forte que você!’
Então, o vento soprou a nuvem e ela se desfez. Logo, os montes disseram: ‘Nós somos mais fortes que qualquer vento! Quer ver?’
Duelaram até que o vento se cansasse e desistisse. Foi quando chegou o homem todo falante: ‘Eu sou mais forte que vocês!’
Então, dotado de grande inteligência, o homem perfurou os montes. Todo orgulhoso, falou: ‘Eu sou a criatura mais forte que existe!’
Todos acreditaram até que veio a morte, e o homem que se achava inteligente e forte, com um golpe apenas, acabou-se. A morte ainda comemorava quando, sem que ela esperasse, veio um novo Homem e, com apenas três dias de falecido, ressuscitou. E todo o poder Lhe foi dado no céu, na terra e debaixo da terra.
Vencendo a morte, Ele nos deu o direito à vida eterna através do seu sangue, que liberta do pecado, cura as enfermidades e salva a alma do tormento eterno. Esse homem é Jesus, o Filho de Deus, que disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá” (São João 11,25-26).
Viva Jesus Cristo, meu amigo íntimo!