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Mentiras que parecem verdades

Publicado por Misa Ferreira em 10/03/2015
O título é de um livro não recente do filósofo, professor e escritor Umberto Eco, juntamente com Marisa Bonazzi. Trata-se de uma crítica aos livros didáticos que trazem histórias cheias de preconceitos que repetidas e repetidas através do tempo, acabaram por serem aceitas. Parecem verdades, mas a ideia é justamente maquiar mentiras. No que se refere à educação, no século XXI, já não é mais possível continuar com o mesmo modelo de escolas, que massificam os pequenos, moldando-os de forma a satisfazer o famoso sistema. Não contamos mais com alunos dóceis e obedientes, mas pessoas que já nascem inquietas e ávidas por conhecer e aprender verdades que alimentem seus espíritos esfomeados. Urge repensar o sistema e o processo educacional.

Há quem defenda a ideia de uma sociedade sem escolas. Seria isso possível? Para o pensador austríaco Ivan Illich, sim. Para ele, as escolas como estão aí são uma indústria institucionalizada destinada a legitimar a hierarquia social. Algo como crianças ricas estudando em escolas caras que mais tarde vão fazer cursos caros e vão ocupar cargos elitistas, e crianças pobres que vão estudar em escolas públicas e aprender apenas o básico para mais tarde ocupar cargos de operários. Assim, ainda bem novas, as crianças vão incorporando mentiras coloridas de verdades, cumprindo o que o sistema elitista deseja com suas intenções ocultas em um aparente discurso a favor da educação. O fato é que mais tarde, na hora da entrevista para um emprego não se prioriza a capacidade, conhecimento e habilidades do candidato, mas os diplomas, certificados e títulos. Quase sempre é assim que acontece, e nem sempre os melhores são os portadores dos tais títulos. Portanto, há que se repensar sim o processo educacional que salvo poucas mudanças, copia o mesmo modelo de séculos atrás.

A verdade é que as coisas mais importantes da vida não aprendemos na escola. Pelo próprio modelo de educação, não se é possível dar uma atenção especial a cada aluno, que não é visto como uma pessoa inteira, com seu modo de perceber o mundo, com seus sentimentos e criatividade. Em nosso país, atualmente, fica muito difícil e complexo falar de sistema educacional porque infelizmente aqui é um caso à parte, num tempo em que alunos, crianças e jovens levam armas para dentro da sala de aula e ameaçam e matam colegas e professores. Num tempo em que o ódio e o deboche parecem ser os sentimentos mais comuns dentro da escola. Realmente a educação vem do berço, a escola pouco poderá fazer pelo aluno, além de empanturrá-lo com meros conhecimentos. Cabe a reflexão: talvez melhor fosse mesmo que não houvesse escola, pois a educação de fato é aquela que consegue fazer florescer o que de melhor existe dentro de cada um de nós e não o contrário.

Já disse que copiar modelos de outros países de nada adianta se antes não expurgarmos a corrupção dos políticos, mas vale a pena citar um exemplo de educação que parece estar dando certo no Japão. Li que é um novo modelo educacional em que o foco principal do ensino está na compreensão e aceitação das diferentes culturas do planeta, e não somente de sua própria cultura. As crianças japonesas estão aprendendo a não se deixarem levar pelo preconceito racial. Elas aprendem 5 matérias: aritmética; leitura (começam diariamente com uma folha do livro de sua escolha, e acabam por ler um livro por semana); cidadania, que as ensina respeito às leis, coragem cívica, tolerância, altruísmo e respeito à ecologia; computação, e 4 línguas, com seus alfabetos, culturas e religiões: japonês, inglês, chinês e árabe com visitas de intercâmbio de família em cada país durante o verão. Ivan Illich que teve ele próprio uma educação elitista ficaria feliz ao ver que um novo sistema educacional foi finalmente implantado, recebendo um nome que faz jus ao que se propôs: “Mudança corajosa”, que treina crianças como “cidadãos do mundo”.

Mas voltando ao primeiro parágrafo, sobre “Verdades que parecem mentiras”, de Umberto Eco, cito um trecho do livro que ilustra bem o preconceito que era incutido nas crianças italianas: “De rosto vermelho, os meninos índios estão próximos aos amarelos, e com seus estranhos cocares parecem engraçados papagaios. Os africanos da fileira têm a pele muito preta, barriguinhas redondas e gordas, dentes brancos e lábios vermelhos. Os europeus de rosto branco sobressaem-se entre as outras cores, resplandecem como flores, dominando o alegre cantar”. Sem comentários.

De resto, oxalá mais países resolvam educar mais e mais cidadãos do mundo. Só eles poderão salvar nosso planeta do caos.

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