A ginecologista indiana, Dra. Aparna Hedge, ainda era uma médica residente em ginecologia e obstetrícia quando decidiu criar uma organização não governamental que usa a tecnologia da rede de telefonia para levar informação e cuidados para mães e seus bebês na Índia.
O trabalho, que já atendeu mais de 26 milhões de mulheres em 19 estados do país, busca reduzir os índices de mortalidade materno-infantil.
Na Índia, três mulheres morrem por hora no parto, enquanto duas crianças menores de cinco anos de idade morrem a cada minuto.
“Percebi que apenas consultas para as gestantes e as crianças não eram suficientes. E dada a escala dos problemas da Índia, qualquer solução que fizesse a diferença precisava ser escalável, acessível até a última mulher e criança, diretamente em suas casas, além de econômica”, comentou.
Com a chegada do celular à Índia, a médica se deu conta de que o aparelho poderia ser um aliado no trabalho com essas mulheres. Em 2008, ela criou então dois programas — o mMitra e o Kilkari, serviços de atendimento telefônico gratuito e semanal, capazes de oferecer informações preventivas diretamente às gestantes e mães com crianças na primeira infância, além de uma central de chamadas, gratuita e funcionando 24h com voluntários.
Outro programa executado pela ARMMAN é o Mobile Academy, que treina profissionais de saúde do governo indiano que estão na linha de frente e atuam com saúde reprodutiva materno-neonatal e infantil. Mais de 130 mil profissionais já passaram pelo treinamento.
E se pensássemos em algo semelhante no Brasil? Quem sabe em 2022…