Muita gente tenta viver sem Deus no coração; outros, falam ‘graças a Deus’ e ‘se Deus quiser’ a toda hora, mas não querem se comprometer com nenhum trabalho na Igreja; e há aqueles que explicitamente são desobedientes aos Mandamentos e vivem enfurnados no pecado. Como resgatar essas pessoas? Há um ‘método’ comum para todos?
Primeiro, é necessário saberem que Deus não nos ama porque somos bons, mas porque Ele é bom! Aquele que não ama o próximo é porque não buscou a Deus – Ele é puro amor! – e não irá se salvar se for desobediente ao Criador.
Pela desobediência, Adão destruiu brutalmente a familiaridade com Deus e, por inveja, Caim matou Abel, seu irmão. Desde então, teve início a ânsia pelo poder, as injustiças… as guerras. Males, os mais diversos, se disseminaram pelo mundo e, diante dessa realidade, não podemos negar que somos pecadores e, quase sempre, produzimos frutos mortais.
O pecado nos separa do Senhor, nos leva à completa escuridão e nos torna inimigos uns dos outros – sem perspectiva de paz! A única saída para esse sofrimento é ser luz sem sombra. Precisamos entender que a solução definitiva é Deus: o médico que cura a escuridão provocada pelo pecado e, através da sua Palavra, garante a salvação que tanto precisamos. Ele pode nos libertar do pecado e de tudo aquilo que não provém da fé católica.
Sabemos que o salário do pecado é a morte, mas, antes disso, o homem luta contra um inimigo que se mostra poderoso e que o leva a fazer o mal que não quer. Por suas próprias forças, não pode renovar-se e solucionar os problemas que lhe afligem. Quem procurar ajuda em outra pessoa também afastada de Deus, será o mesmo que dois cegos caminhando juntos.
Definitivamente, por nossas próprias forças, nunca chegaremos ao Céu, mas temos uma grande vantagem: liberdade para reconhecermos que somos pecadores e pedirmos perdão, como nesta história:
Quando um rei completou 25 anos de monarca, decidiu libertar o prisioneiro que o convencesse de sua inocência. Quatro foram trazidos até ele e disseram:
– Majestade, nunca fiz nada de errado. Um inimigo acusou-me falsamente!
– Eu jamais matei alguém. Confundiram-me com um assassino – disse o outro.
– Estou aqui porque o juiz não gostava de mim – falou o terceiro.
– Não posso negar que tirei a vida de um homem, senhor. Naquela época, eu era muito violento e não tinha controle sobre a minha coragem. Hoje, arrependo, mereço o castigo que recebo, mas peço a Cristo que, um dia, todos venham a me perdoar – suplicou o último.
Diante deles, o rei colocou o cetro na cabeça do quarto prisioneiro e tomou a decisão:
– É você quem vai sair daqui. Vou aproveitar o seu arrependimento e dar-lhe uma nova chance de permanecer bom antes que volte a ser malvado e ponha tudo a perder.
Pois é, assim nosso Pai age conosco: no primeiro sinal de arrependimento sincero, nos perdoa e nos envia para os caminhos da salvação. Portanto, bastaria um pouquinho de fé e bom senso para que o pior dos homens se reconciliasse com Ele, porém, pra muita gente, isso parece impossível.
Contam que, conversando sobre cristianismo, um cosmonauta ateu disse a um fervoroso neurocirurgião: ‘Eu sempre viajo pelo céu e nunca vi um anjo. A mim, isso prova que eles não existem!’ O médico, então, respondeu: ‘Eu também já operei cérebros de pessoas geniais e jamais vi uma ideia. Isso nos torna menos inteligentes?’
É, na verdade, fica difícil a graça divina atingir alguém que não aceita as verdades contidas no Evangelho, mas, mesmo assim, não podemos desanimar em levar mais almas para o Céu porque, para Deus, nada é impossível.
E, hoje, embalado nas histórias de médico, contarei outra:
Um mecânico estava desmontando o cabeçote de uma moto, quando viu na oficina um cardiologista muito conhecido. Deu um sinal a ele e falou: ‘Doutor, olhe este motor. Eu abro seu coração, tiro as válvulas, conserto-as e ponho tudo de volta para trabalhar perfeitamente. Como é que ganho tão pouco comparado ao senhor, se o nosso trabalho é praticamente o mesmo?’ O cirurgião deu um sorriso, se inclinou e disse baixinho ao mecânico: ‘Tente fazer isso com o motor funcionando!’
Independente de quanto cada um ganha, são dois trabalhos dignos e de respeito, mas, concluindo este artigo, pense no seguinte:
Você gostaria que Jesus operasse um grande milagre no seu coração? Para que isso acontecesse, escolheria estar vivo ou morto? E quanto pagaria a Ele por isso? Seria capaz de pedir-lhe perdão e deixá-lo morar em você para sempre? Se respondeu ‘sim’, tem absoluta certeza disso? Então, chegamos ao ‘método de salvação’:
‘Plantar a verdade para colher confiança; plantar o amor para colher amizade; plantar a vida para colher gratidão; plantar a fé para colher milagres; e plantar a caridade para, enfim, colher salvação’. Boa colheita!
Paulo R. Labegalini
Cursilhista e Ovisista. Vicentino em Itajubá. Engenheiro civil e professor doutor do Instituto Federal Sul de Minas (Pouso Alegre – MG).
Livros do autor: