A notícia da morte de Osama Bin Laden se espalhou na internet numa velocidade impressionante, através de mensagens no Twitter, Facebook e vídeos no YouTube.
O número de mensagens na rede social Twitter chegou a 4.000 por segundo no momento em que o presidente americano, Barack Obama, anunciou que o cérebro dos ataques de 11 de setembro de 2011 havia sido assassinado no Paquistão durante uma operação.
A “avalanche” de tweets foi uma das maiores da rede, cujo recorde de 6.939 mensagens por segundo foi estabelecido durante o Ano Novo de 2010 no Japão.
Mensagens com a palavra #osama e #obl (iniciais do líder da Al Qaeda) rapidamente subiram ao topo da lista dos assuntos mais comentados.
“O twitter é o nosso Times Square neste dia vitorioso”, escreveu o Jeff Jarvis, professor de Jornalismo de Nova York, que deu início ao seu blog Buzz Machine após os ataques que destruíram o World Trade Center em 2011.
A primeira informação da morte de Bin Laden aparentemente vazou pelo Twitter em uma mensagem de Keith Urbahn, que trabalhou com o ex-secretário de Defesa americano Donald Rumsfeld.
“Uma confiável pessoa me disse que mataram Osama Bin Laden”, escreveu Urbahn em um tweet uma hora antes do anúncio oficial de Barack Obama na noite de domingo. “Impressionante”, completou.
Um consultor de tecnologia na cidade paquistanesa de Abbottabad, que publica seus tweets com o nome de “ReallyVirtual”, não sabia que estava enviando mensagens em tempo real da operação americana na localidade.
Sohaib Athar começou a enviar suas mensagens por volta de uma hora da manhã se queixando do sobrevoo de helicópteros e uma explosão que sacudiu as janelas.
Sua série de mensagens no Twitter descreveu a queda de um helicóptero, a morte de pessoas e o movimento de militares paquistaneses na região.
“Sou apenas uma pessoa no Twitter, acordado na hora do acidente”, escreveu em uma mensagem às 06h30m GMT desta segunda-feira.
“Uh, oh, agora eu sou a pessoa que mandou mensagens ao vivo sobre o ataque a Osama sem saber”, escreveu mais tarde.
Os comentários de Athar foram reenviados por outros usuários do Twitter e ele foi inundado com mensagens e pedidos de entrevista por vários veículos de comunicação. O número de pessoas que se cadastraram para receber suas mensagens subiu para mais de 15.000.
Na madrugada desta segunda-feira, mais de 265.000 pessoas haviam clicado “eu curto” numa página intitulada “Osama Bin Laden está morto” na rede social Facebook.
A página estava abarrotada de comentários, vídeos e fotografias que supostamente seriam do cadáver de Bin Laden. A maioria dos comentários eram de críticas ao líder da Al Qaeda.
“Este é um dia maravilhoso para os familiares das vítimas de 11 de setembro”, escreveu um usuário na página.
Em contrapartida, pouco mais de 600 pessoas marcaram “eu curto” em uma página do Facebook em árabe e em inglês intitulada “Somos todos Bin Laden”.
“Esta página é uma desgraça para o Islã”, comentou uma pessoa.
O YouTube dedicou grande parte de sua página inicial a vídeos relacionados a morte de Bin Laden.
No serviço de internet local Foursquare, mais de 185 pessoas que vivem em São Francisco, na California, haviam se “registrado” em “um mundo sem Bin Laden” através de seus telefones.
“Teria sido bom capturá-lo com vida e poder julgá-lo pelos crimes contra a humanidade, para mostrar ao mundo o poder da lei”, disse o usuário Jonathan H.
Fonte: AFP