Apesar de um Q.I. alto, Lee fracassou na escola e desistiu de estudar no penúltimo ano do segundo grau. Tentou ser fuzileiro naval, mas foi expulso da corporação. Casou-se e teve dois filhos antes de abandonar o lar. Após algumas tentativas mal sucedidas de reconciliação com a esposa, um dia, foi à garagem de sua casa, apanhou uma espingarda e a levou consigo para o emprego que acabara de arranjar – num depósito de livros. E, de uma janela do terceiro andar daquele prédio, logo após o almoço do dia 22 de novembro de 1963, atirou duas balas – que esfacelaram a cabeça do presidente John F. Kennedy.
Este relato da vida de Lee Harvey Oswald, mostra o quanto um ser humano pode se desviar dos caminhos de Deus. E, muitas vezes, somos culpados por tratar as pessoas da mesma forma que ele foi tratado. Quando poderíamos ter amado, retivemos a afeição. Quando poderia ter sido tão simples responder com um sorriso, criticamos. Quando a Palavra de Deus poderia ter iluminado a vida de um irmão, decidimos permanecer silenciosos…
Há um provérbio árabe que diz: ‘Quem quer fazer alguma coisa, encontra um meio. Quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa.’ Pensando assim, outro americano – John Pierpont -sempre lutou contra o fracasso. Em 1866, aos oitenta e um anos, acabou seus dias como funcionário público de baixo escalão em Washington – arrastando o peso de inúmeras frustrações!
Formou-se em Yale, optando pela carreira de professor. No magistério, porém, logo se revelou um fracasso. Resolveu tentar um estágio como advogado, mas o fracasso outra vez não demorou a derrotá-lo. Como sua terceira opção, Pierpont tentou o mercado de secos e molhados: abriu um armazém. Novo fracasso, pois o homem simplesmente era incapaz de cobrar preços que lhe dessem lucro e não resistia aos pedidos de fiado.
Entre uma profissão e outra, ele escrevia poesias e, apesar de serem publicadas, não lhe rendiam direitos autorais suficientes para viver de versos. Conseguiu, então, ser indicado como candidato a governador de Massachussetts, mas perdeu a eleição. O mesmo aconteceu quando foi candidato ao senado.
Com a Guerra Civil em andamento, aos setenta e seis anos, Pierpont apresentou-se como Capelão ao 22º Regimento de Voluntários, mas pediu baixa quinze dias mais tarde, ao descobrir que não tinha estômago para guerras. Morreu, como já disse, pensando ter sido um perfeito fracassado.
Não conseguiu fazer até o fim uma única coisa das que tentou, mas, no Natal, todos nós cantamos a música que John Pierpont compôs e nos deixou de presente: Jingle Bells!
Pois é, há casos e casos reais – tudo é bênção ou lição! Seja qual for o seu, lembre-se que Deus nunca desiste de salvar você.
Paulo R. Labegalini
Vicentino, Ovisista e Cursilhista de Itajubá. Engenheiro civil e professor doutor do Instituto Federal Sul de Minas (Pouso Alegre – MG).