Mas se admitirmos seguir os trilhos que não criamos, estaremos aceitando o destino comum. Eu prefiro entender que nós teremos que construí-los, para não termos a falsa impressão de que o trem está viajando, quando na verdade está parado na estação da inércia, ou nos arrastando como um simples vagão, que não tem direção própria.
Todos os nossos conceitos e as decisões de ontem e de hoje reaparecerão no futuro em forma de destino. Portanto, ele não está escrito. Herdamos a nós próprios.
Não é mais admissível culparmos o futuro apelidando-o de destino.
É essencial conquistar a autoridade do saber, que nos confere o direito de saltar do vagão e assumir o lugar de maquinista.
Não nascemos para ser passageiro.
Não são as paisagens que devem passar por nós, nós é que temos que passar por elas.
Que sejamos nós os condutores desse trem, que deverá seguir a direção dos nossos mais elevados propósitos.
Que sejamos formadores conscientes da estrada de ferro da nossa vida, sabedores de que a imortalidade está na viagem, porque a evolução não encerra em nenhuma estação de chegada.
Que sejamos generosos ao parar em cada estação de passagem, para olhar as pessoas, estender a mão e apontar o norte. Sempre existirão os que estão prontos para aprender uma nova direção, porque sonham com a linda viagem chamada existência.
É administrador, empresário, consultor na área de desenvolvimento do potencial humano e docente da Fundação Logosófica. É profundo investigador dos segredos da mente e dos conhecimentos superiores que envolvem o sentido da existência.Coluna “Reflexões Sobre a Vida”.