Um dia li que a BBC Brasil divulgou que o britânico Gareth Malham vendeu sua alma – em um site de leilões na internet – por cerca de R$ 45,00. O artista, de 26 anos, colocou um anúncio no ‘eBay’ e sua alma foi comprada por um morador do Estado de Oklahoma, nos Estados Unidos. Segundo Malham, o comprador queria uma nova alma porque havia perdido a sua num jogo de hóquei, e confirmou que fecharia o acordo assinando um documento com o seu próprio sangue!
O tal artista, natural da cidade de York, se formou em fotografia, vídeo e digitalização de imagens na Universidade de Sunderland e tinha um emprego de meio expediente no departamento de fotografia da própria universidade. Começou a vender coisas pela internet porque passava por uma situação financeira difícil. Logicamente, representantes da Igreja Católica disseram que o leilão abre um precedente muito perigoso.
Que absurdo! O pior é pensar que, se a moda pega, talvez milhares de pessoas saiam às ruas oferecendo o maior tesouro que possuem por um preço de banana! É isso que a Igreja deve ter imaginado ao fazer o seu protesto. Mas, será que podemos concluir que, quem venderia a alma, não acredita na vida eterna e, quem a compraria, pensa que realmente estaria se salvando com essa transação?
É até difícil comentar o assunto de tão fantasioso que parece, afinal, a nossa alma não nos pertence no sentido que o britânico imaginou. É impossível trocá-la ou vendê-la, graças a Deus; contudo, quem tentar fazê-lo, acaba mesmo por perdê-la, mas sem nada em troca.
As dezenas de casos que aqui já contei provam que muita gente acredita na salvação e, portanto, sabe que a nossa alma não poderá estar manchada de pecados no momento da morte. Como eu também tenho certeza disso, contarei mais algumas histórias para exemplificar a importância da nossa maravilhosa e inegociável alma.
Um garoto vivia só com o pai e ambos tinham uma relação muito especial. O jovem pertencia à equipe de futebol da escola e quase nunca tinha oportunidade de jogar, mas, mesmo assim, seu pai permanecia sempre torcendo no alambrado.
Ele amava jogar futebol e não faltava a nenhum treino ou jogo, pois estava decidido a dar o máximo de si e se sentia muito comprometido com o grupo. Os meninos do 2º grau o chamavam de ‘esquenta banco’, porque era um eterno reserva, porém, o pai, com espírito lutador, sempre estava dando o melhor apoio que um filho poderia esperar.
No final da temporada, e justo alguns minutos antes de começar o primeiro jogo das eliminatórias, o diretor da escola lhe deu uma triste notícia: seu pai havia falecido. O menino respirou fundo e, tremendo, disse ao treinador de futebol: ‘Meu pai morreu esta manhã. Existe algum problema se eu não jogar hoje?’ O técnico o abraçou e falou: ‘Fica o resto da semana de folga, filho, e nem se preocupe em vir na final de sábado’.
Na decisão, a equipe do menino tinha dois gols de desvantagem quando o jovem entrou no estádio e, já uniformizado, correu até o treinador. Todos ficaram impressionados ao vê-lo regressando e, ele, insistiu tanto para jogar que, finalmente, o treinador deixou.
Minutos depois, poucos podiam acreditar no que viam: o pequeno desconhecido do público, que nunca havia participado de algum jogo, estava sendo brilhante e ninguém conseguia detê-lo em campo – corria fácil e driblava como ninguém. Sua equipe começou a fazer gols até ganhar com um golaço do ‘menino craque’. As pessoas que estavam nas grades gritavam emocionadas e, todos os jogadores, o levaram carregado até a torcida.
Finalmente, quando tudo terminou, o técnico notou que o jovem estava sentado quieto num canto. Aproximou-se e disse-lhe: ‘Garoto, não posso acreditar. Você esteve fantástico! Conte-me, como conseguiu?’ O rapaz olhou para o professor e explicou: ‘O senhor sabia que meu pai era cego? Veio em todos os jogos sem poder enxergar, mas, hoje, foi a primeira vez que ele realmente me viu jogar e eu quis mostrar-lhe que podia se orgulhar de mim’.
Emocionante, não? Ainda bem que o pai do garoto não vendeu a alma e continua até hoje torcendo por ele! Mas, o britânico Gareth Malham, se não se arrepender a tempo da besteira que fez, vai acabar presenciando de perto um outro tipo de história, semelhante a esta:
Uma alma condenada passou séculos implorando que alguém a tirasse do sofrimento, até que, um dia, ouviu uma voz do alto: ‘Você poderá subir ao Céu se prometer amar seus irmãos de todo o seu coração’. Feliz, a alma do inferno logo concordou e, de repente, viu um fio de teia de aranha descendo até lá.
Mesmo duvidando que aquele fiozinho pudesse resistir, começou a subir rapidamente quando percebeu que, atrás, outras almas subiam também. Furiosa, passou a gritar: ‘Larguem! Esse fio foi enviado a mim! Vocês irão arrebentá-lo, idiotas!’ E o fio, realmente, se rompeu.
Como é difícil cumprir a promessa de sempre amar a todos, hein! Acredito que é muito mais difícil no inferno… credo! E, para encerrar as histórias de hoje, eis mais uma para você refletir e passar a cuidar melhor da sua alma:
No mês passado, olhando para a Terra, Deus viu todo o mal que se passava aqui e decidiu enviar um anjo para investigar. Quando o anjo regressou, relatou ao Senhor: ‘Sim, a Terra é 95% má e 5% boa’. Deus disse: ‘Isso não me agrada. Vou mandar uma carta aos 5% das pessoas boas do mundo para dar-lhes ânimo. Quero pedir que não desistam e que sigam evangelizando, sem perder a fé’. E assim o fez.
Você recebeu a carta? Não? Então, vamos procurar melhorar, porque eu também não a recebi!