No futebol brasileiro, a doença chamada unãnimetite esconde uma doença incurável de nosso futebol.
Isto custou muito caro para nosso futebol, chegando a passar o maior vexame de toda a sua história na copa do mundo de 2014, passando uma crise de identidade e convivendo com grande desconfiança de torcedores e jornalistas e ficando a pouco de chegar ao fundo do poço que seria pela primeira não ser classificado para uma copa do mundo (o que estava caminhando para acontecer).
Em meio a uma crise de corrupção e prisões, o atual presidente da CBF, que não pode viajar para não correr risco de ser preso, por circunstâncias muito mais de tirar o foco de si, contratou o técnico Tite que a muito tempo era unanimidade para ser o técnico de nossa seleção.
Somente os dirigentes não conseguiam visualizar o técnico Tite como o melhor perfil para esta função, pois o técnico tem 100% de aproveitamento. Hoje o Brasil está jogando um futebol compatível com a nossa história e recuperando a autoestima e respeito do nosso futebol. Com sete jogos sob o comando de Tite, o Brasil já pode se considerar na Copa do Mundo da Rússia.
Aproveitando a oportunidade que as atenções estão voltadas para dentro de campo, a diretoria da CBF que tinha prometido aos clubes que estaria fazendo uma reforma de modernização de seu estatuto, código de ética, licenciamento de clubes, tudo com os clubes participando das discussões de ideias.
Na calada da noite sem a participação dos clubes o estatuto foi alterado aumentando o peso do voto das federações e reduzindo o poder dos clubes que são os verdadeiros protagonistas de nosso futebol. A partir de agora Ficou decidido que as 27 federações estaduais terão peso 3 na votação, os 20 clubes da Série A peso 2 e os 20 da B peso 1. Somando tudo isso, as federações terão 81 votos possíveis, contra 60 dos clubes. Uma ousadia aliada a uma intenção de manter o continuísmo que vai aos poucos aniquilando nosso futebol. Uma verdadeira vergonha!
Se em campo o desempenho da seleção intensifica uma doença chamada “unânimetite”, por outro lado os dirigentes continuam sendo um tumor que parece ser incurável e que aumenta a cada dia.
Pelo menos essa é a minha opinião!
