A sociedade brasileira tem regredido sistematicamente em sua saúde mental, onde em boa parte de nossa população impera um baixo nível de consciência. Várias reações demonstram essa patologia. Desde os embates virtuais pela internet que às vezes parecem um espaço sem lei e sem limites, passando pelas brigas insanas das torcidas que deveriam ser organizadas, mas na verdade impera a bandidagem, drogas e muita violência. Na semana passada vimos o ataque de torcedores ao ônibus do Bahia, explodindo uma bomba e ferindo jogadores. A torcida do Paraná invadiu o campo e agredir vários jogadores no jogo que rebaixou o clube para a segunda divisão do campeonato Paranaense. Em Porto Alegre o clássico GRENAL foi cancelado em função da torcida do Internacional arremessar várias pedras ao ônibus do Grêmio. Uma dessas pedras que tinha um maior volume fez um estrago no ônibus chegando a causar fratura no crânio de um jogador. E assim, as historias vão sendo escritas de maneira vergonhosa e cada vez mais absurda. Os gestores públicos fingem entender que a questão não é com eles, a justiça não aplica as leis já existentes que poderiam inibir a violência e gestores do futebol não reagem em busca de ações que possam salvar um paciente chamado futebol. Mas o futebol é apenas um hospedeiro de um parasita que aos poucos vai deixando nossa sociedade cada vez mais fraca, doente e ameaçada. O Poeta Carlos Drummond de Andrade escreveu: “Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fadigadas. Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra. Tinha uma pedra no meio do caminho”. Não somente tinha uma pedra no caminho do nosso grande poeta. Há muitas pedras no caminho dos brasileiros.
Pelo menos essa é a minha opinião!