O esporte coletivo é um grande instrumento de educação e boas práticas, pois com ele você deve aprender a respeitar o adversário e não fazer dele um inimigo, aprender a empenhar-se para a vitória e levantar-se diante das derrotas, ser solidário e entender que o resultado é o desempenho da equipe onde cada um deve buscar o seu limite. Muitas outras boas práticas do esporte, nós podemos promover nas várias situações de nosso dia a dia, pois a vida será sempre uma competição. Desde a corrida dos milhões de espermatozoides para chegar ao seu destino, sabendo que apenas um poderá conseguir seu grande feito, até nosso respiro final antes de fechar definitivamente nossos olhos ao cumprir nossa missão terrena. A sociedade está cada vez mais doente e esses princípios e práticas são cada vez menos vistos. Se não bastasse a selvageria promovida em todos os estádios de futebol como se uma partida fosse uma verdadeira guerra, percebo que isso começa em onde deveria acontecer o contrario. Itajubá está sediando a seletiva municipal dos Jogos Estudantis de Minas Gerais (JEMG). Essa seletiva que estão sendo disputadas no Ginásio do Tigrão envolvem 620 alunos/atletas em várias modalidades e servirá para disputa das vagas da etapa microrregional. Maravilha quando o sistema de ensino promove o esporte como instrumento de educação. Mas, embora não estou acompanhando, fiquei sabendo dos problemas promovidos pelos pais dos alunos que ao invés de aproveitar esse interessante meio de educar seus filhos, são exatamente alguns pais que demonstram total selvageria nas arquibancadas, promovendo práticas horríveis entregando maus exemplos aos seus filhos. Algumas semanas atrás, tivemos uma reportagem no programa Esporte Espetacular da Rede Globo que enfatizava exatamente essas práticas de falta de educação dos pais que deveriam ensinar as boas práticas, chegando ao absurdo de traumatizar crianças que não queria mais praticar o esporte. Pois bem, na decisão do campeonato Carioca após o Flamengo sagrar-se campeão sobre o Nova Iguaçú, o Técnico do Flamengo Tite, mesmo sendo sua primeira medalha no Rio de Janeiro, fez questão de abrir mão de sua medalha e entregar ao técnico adversário Carlos Vitor, além de convidar toda equipe adversária a tirar fotos juntos com o Flamengo no palco dos medalhistas. Sei que muitos vão dizer que foi demagogia, que quiseram aparecer para a mídia, entre outros adjetivos. Eu não faço nenhuma questão de saber quais as intenções na qual motivou o técnico do Flamengo a tomar essa atitude. Eu somente desejo que isso aconteça como uma atitude normal como deveria ser no esporte. Aliás, no último ato ao fechar as cortinas do Cariocão 2024, uma semente brotou nos gramados do Maracanã.
Pelo menos essa é a minha opinião!