Nesse sábado a Conmebol promoveu a decisão da 22ª Copa Sul Americana de futebol na cidade de Maldonado no Uruguai. Mais uma vez o Brasil se fez presente desta vez com o Fortaleza, mais conhecido pela sua torcida como o Leão do Pici. Havia uma expectativa muito grande pelo feito de um título de um clube do nordeste brasileiro. Uma região que não faz parte do chamado centro futebolístico do Brasil em função dos grandes clubes que disputam campeonatos internacionais predominarem no sudeste e sul do país. Mas um fenômeno positivo vem acontecendo nos últimos anos principalmente em clubes como o Bahia, Sport Recife e Fortaleza. Clubes que estão buscando desenvolver estruturas para tentar fazer frente aos clubes dos grandes centros futebolísticos. Nesse aspecto, o Fortaleza está na frente em função da organização e planejamento financeiro para ter não somente um plantel mais competitivo, mas uma estrutura que possibilite uma continuidade de trabalho. Nos últimos cinco anos ele tem se destacado nas competições disputadas e também em sua situação financeira, aumentando em mais de 1.100% seu faturamento, saltando de R$24 milhões em 2017 para R$300 milhões em 2023. Ou seja, chegar a uma decisão de uma copa continental é algo que está sendo construído ao longo dos anos com continuidade. Basta ver que o Fortaleza é o clube da primeira divisão que mais manteve um técnico ao comando do time. O Técnico argentino Juan Vojvoda está no clube desde 2021, algo impensável para a cultura brasileira. Mas o futebol é mesmo um empreendimento de longo prazo e ainda não foi dessa vez que o Fortaleza conquistou um título internacional. Um jogo muito disputado, mas com baixo nível técnico. Se a competição fosse de boxe, o Fortaleza teria ganhado por pontos. Mas como é futebol, após noventa minutos de um empate de 1 x 1, o jogo foi para a prorrogação. O jogador Tite do Fortaleza se machucou, mas não tinha como fazer substituição e com isso o jogador ficou bravamente em campo, jogando na frente (embora seja defensor) para colaborar mesmo com sua condição pouco poderia ajudar e assim o Fortaleza ficou com um jogador a menos e caiu de produção na prorrogação. A decisão acabou ficando mesmo para os pênaltis que em minha opinião é uma maneira injusta para definir um campeão. O experiente goleiro Alexander Dominguez da LDU acabou pegando três penalidades dando o segundo título Sul Americano ao time equatoriano. Mas diz o ditado popular: “agua mole em pedra dura tanto bate até que fura” e é com essa crença que a diretoria e torcedores do Fortaleza devem acreditar e principalmente continuar nessa pegada de organização e planejamento, pois sua hora vai chegar e tudo indica que não deverá demorar. Podemos inclusive dizer que o Nordestino mostra sua Fortaleza no futebol Sul Americano, mesmo sem o título.
Pelo menos essa é a minha opinião!
Por: Prof. Ronaldo