O famoso filme “Nos Embalos de Sábado à noite” foi lançado em 1977 tendo o grande astro da época John Travolta como principal protagonista. A brilhantina era uma febre nos anos 70. Um cosmético com composição de parafina, óleo vegetal e vaselina. A sua finalidade era modelar os fios do cabelo, dar muito brilho e aparência de cabelos saudáveis e lustrosos. Na época, com as discotecas superlotadas, a brilhantina era um acessório essencial. Assim aconteceu no estádio Allianz Parque do Palmeiras. Um sábado frio de inverno com uma fina chuva para aumentar o efeito cinematográfico da cena. A bola rola na grama artificial. Mas faltava algo importante nessa trama de sábado à noite, falta os embalos harmônicos que fazem deslizar a peleja com elegância e maestria. Falta o brilho, a magia e a beleza da arte de conduzir a bola. Para desespero da nação Rubro Negra, o técnico do Flamengo Sampaolli não permitiu que a brilhantina refletisse no salão do Allianz Parque. O resultado foi uma derrota de apenas 1 x 0 no primeiro tempo com um péssimo desempenho. Mas já com o segundo tempo em andamento, o brilho entra em campo para justificar os embalos de sábado à noite. Arrascaeta entra em campo e o salão começa a mudar a dinâmica dos embalos, do ritmo, da harmonia e as passadas passam a ser mais belas e produtivas. O desempenho melhora e com um passe de magica o brilho explode com um lindo passe de Everton Ribeiro para que ele com um movimento sútil, coloque a bola para dentro das redes do Palmeiras empatando o jogo. Mas era tarde para virar o jogo e fica a pergunta: nos embalos de sábado a noite, porque Sampaolli não saiu com brilhantina?
Pelo menos essa é a minha opinião!
Por Prof. Ronaldo Abranches