Como já temos comentado em nossas crônicas anteriores, a polêmica em relação à volta do futebol continua. Em alguns países a bola até já rolou. Aqui no Brasil em que a curva de contaminados ainda é crescente, a grande maioria considera essa volta prematura em função das possibilidades de contaminações. Mas no Rio Grande do Sul, Grêmio e Internacional voltaram aos treinos na segunda feira passada (04/05), apoiado em um decreto municipal que autorizava desde que seguisse um protocolo de segurança. Mas um decreto estadual que está vigorando desde 11/05, proíbe os clubes de promover treinamentos. O Flamengo é outro clube que sua diretoria está pressionando a volta dos treinamentos. Exatamente o Flamengo que por sua iniciativa contratou uma empresa de saúde para fazer testes do COVID-19 em funcionários, atletas e respectivos familiares, O resultado foi surpreendente, pois foram 293 testes realizados, onde resultou em 38 casos positivos o que equivale a 13%. Um índice muito alto. Todos os casos foram assintomáticos, ou seja, as pessoas não sentiram sintomas, o que é preocupante pois a pessoa sai infectando outras sem saber que está com a doença. Acredito que a maioria deve ter assustado com o resultado. Dos considerados positivos, três eram atletas e oito funcionários, sendo os restantes familiares. Ainda como ação para a volta do futebol, a International Board que é o órgão que regulamenta as regras do futebol no mundo, autorizou e a CBF aderiu à inclusão de mais duas substituições durante o jogo para preservar o estado físico dos jogadores em função do longo tempo de inatividade. Para os treinadores dos times de alto desempenho devem estar aprovando a iniciativa, pois eles tem sucessivamente reclamado do alto desgaste dos atletas. Embora essa medida seja dada como provisória em função da pandemia, é bem possível que seja um teste para ser efetivada posteriormente de maneira permanente. Mas existe uma questão que gostaria de desde já apontar: essa medida vai piorar as diferenças entre pobres e ricos. Na medida em um clube rico tem um plantel muito forte, tendo a sua disposição de seu técnico jogadores de alto nível no banco e podendo substituir a metade do time (cinco jogadores), será uma diferença ainda maior a favor dos ricos, diminuindo a força dos mais pobres nas competições do futebol. É algo que precisa nó mínimo ser analisado considerando o que mais vai ajudar a melhoria de nosso futebol no mundo.
Pelo menos essa é a minha opinião!