…mal começou, e as previsões de todos os lados são, para dizer o mínimo, catastróficas.
Não que tragédias não possam acontecer este ano ou nos que passaram e nos que estão por vir.
Afinal, a estupidez humana não tem limites. A volúpia do poder cega os mais bem intencionados e, em nome de valores corrompidos, se pode chegar a uma destruição da qual apenas são capazes os seres humanos.
Somos parte da natureza, é verdade. Mas algo nos diferencia, e às vezes acho difícil chamar de qualidade. Nossa inteligência racional nos destaca dos outros animais, e a mim parece que apenas ela nos diferencia, desde que sentimentos compartilhamos igualmente com os irracionais. E o seu produto tem sido, é triste registrar, mais maléfico do que benéfico.
O século passado brindou a Humanidade com duas guerras sangrentas e, mal passados 20 anos da última, a Terceira quase aconteceu. Hoje, novamente flertamos com o abismo. Em nome da justiça, da defesa, da igualdade, se mata como se a vida fosse preço barato para a ignorância emocional.
Por isso mesmo é que parece tão fácil prever tragédias, sem precisar da astrologia e das artes divinatórias.
Tenho o maior respeito pela Sabedoria acumulada nelas, mas para prever que este ano será trágico (como foi o anterior e o outro e o outro ainda) não é preciso acordar os Grandes Poderes.
A Humanidade colherá o que plantou, nem mais nem menos.
Temos plantado ódio, desigualdade, crueldade social, abandono, miséria, desprezo. Elegemos por representantes aqueles que se corrompem, e não cuidamos de vigiá-los e leva-los a um rumo mais correto. Acumulamos bens e nos protegemos dos que têm menos, como se fossemos todos inimigos encarcerados juntos no mesmo pedaço de chão.
É só isso que receberemos como paga, neste e nos próximos anos: medo e sofrimento. Não é preciso ser vidente.
Não há outro caminho: ou acordamos dessa infância sociopata que vivemos e compreendemos de vez que o Amor é o único caminho, pessoal e coletivo, que a generosidade é a única ferramenta de inclusão eficaz, que o vizinho, como eu mesmo, é um Ser cujo destino é a Iluminação, e nos abraçamos por sobre as diferenças, ou teminaremos logo, bem depressa, com a vida no planeta.