Conta a lenda, que Maomé desejava formar uma raça de cavalos que fossem a base da expansão do Islã pelo mundo afora. Esta nova raça de cavalos teria que ser forte para carregar fardos pesados, resistentes para atravessar o deserto e fazer jornadas longas em qualquer terreno sob qualquer tempo. Teriam que ser velozes como o vento e acima de tudo teriam que ser leais e companheiros para com seu dono. Para isto, Maomé separou todas as suas éguas e as deixou sem beber por uma semana. Estas éguas foram treinadas para vir ao encontro dele assim que uma trombeta era tocada. Então, após a semana sem água, Maomé soltou as éguas que foram direto para nascente para beber água. A trombeta foi tocada e todas as éguas que retornaram antes de ir para a nascente foram selecionadas para serem as matizes da nova raça. A partir daí surgiu a raça de cavalos do deserto que hoje chamamos de raça Árabe. No mundo antigo não existia raça de cavalos melhor para a guerra que a raça do deserto e com eles o Islã se expandiu até chegar a Europa, precisamente na Península Ibérica. Na Europa, onde os cavalos eram pesados e lentos o cavalo do deserto que era leve e veloz tornou-se imbatível.A conseqüência desta superioridade é que todas as nações eqüestres da Europa o utilizou para aprimorar seus plantéis. Assim,o cavalos do deserto passou a ser o pai de todas as raças européias entre elas o Lusitano e o Andaluz. Porem, mesmo sendo a raça dos melhores cavalos do mundo, quase foram extintos no início do século XVIII mais felizmente foram salvos e passaram a ser criados no Egito de onde vem o egípcio puro e de lá se dissolveu em várias linhagens pelo mundo. Atualmente existem linhagens da raça Árabe na Polônia, na Rússia e na América do Norte, cada uma com características diferentes e porte também diferentes. Mais uma coisa eles tem em comum, que foi herdado dos antigos cavalos do deserto: A inteligência e a coragem.
Os cavalos Árabes são velozes e resistentes, possuem uma capacidade respiratória mais eficiente que a maioria das raças, sua musculatura e alongada e elástica e não possuem a última vértebra o que faz com que ao movimentar ele erga a calda embandeirada, única entre todas as raças. Conta-se que foram selecionados cavalos que erguiam a calda e o pescoço para defender os cavaleiros de arqueiros que atacavam por traz e por frente, mais que na verdade dá à ele muito equilíbrio e agilidade. É a raça preferida para a prática do enduro eqüestre de longa distancia. No Brasil existem grandes criatórios e através deles o cavalo árabe se espalhou pelo país. Ele é utilizado para várias modalidades de esportes eqüestres, da atrelagem ao hipismo.
No mundo moderno existem várias raças de cavalos desenvolvidos para ser especialista na prática de um determinado esporte, tem raças de corrida, atrelagem , de adestramento, de tambor e muitas outras. Nesta seleção, o árabe se especializou em enduro eqüestre mais pode se dizer que é uma raça muito versátil.
Muitas são as lendas desta nobre raça de cavalos e quem conhece de perto estes animais sente que muitas destas histórias podem ser verdadeiras , assim como as histórias e lendas de muitas outras raças também onde o grande prazer esta em sentir uma simbiose perfeita com um bom cavalo.