Cada vez mais os seres humanos são tratados como ‘coisas’ – que usamos, abusamos e descartamos. Valores essenciais de dignidade humana são desprezados: direitos democráticos, liberdade de expressão, prática da generosidade, religiosidade etc. Se isto fosse respeitado apenas no trânsito, muitas brigas seriam evitadas.
Veja que interessante estes 10 mandamentos do motorista, que copiei da internet:
O cristão que ama a Deus na pessoa do próximo, já deve estar respeitando isto há muito tempo, não é mesmo? Mas, fora do trânsito, ainda existem graves problemas que geram a violência, como: droga, racismo, prepotência, falta de educação; e quem os pratica se esquece que Deus combate o violento. Duvido que alguém negue que já ouviu no Evangelho: ‘não despreze os pequeninos, perdoe sempre, anuncie Jesus Cristo a todos os povos, lute pela paz, promova a justiça etc.’. Resumindo: violência não se resolve com violência.
E quem não conhece o céu e o inferno, eis um bom exemplo:
Conta-se que um samurai foi procurar um sábio monge em busca de respostas para suas dúvidas.
– Monge, ensina-me sobre o céu e o inferno.
O monge olhou para o bravo guerreiro e lhe disse:
– Eu não poderia ensinar-lhe coisa alguma, você está imundo! Seu mau cheiro é insuportável! Você é uma vergonha para a sua classe.
O samurai ficou enfurecido e não conseguiu dizer nenhuma palavra. Então, empunhou a espada, ergueu-a sobre a cabeça e se preparou para decapitar o monge.
– Aí começa o inferno – disse-lhe o sábio mansamente.
O samurai ficou imóvel. A sabedoria daquele pequeno homem o impressionara, afinal, arriscou a própria vida para lhe ensinar sobre o inferno. Em seguida, abaixou lentamente a espada e foi embora.
Passado algum tempo, o samurai pediu ao monge que perdoasse seu gesto infeliz. Percebendo sua sinceridade, o monge falou:
– Aí começa o céu. Tanto o céu quanto o inferno são estados de alma que nós próprios elegemos no nosso dia-a-dia. A cada instante somos convidados a tomar decisões que definirão o início do céu ou o começo do inferno.
É como se todos fôssemos portadores de uma caixa invisível, onde houvesse ferramentas e materiais de primeiros socorros. Diante de uma situação inesperada, podemos abri-la e lançar mão de qualquer objeto do seu interior.
Quando alguém nos ofende, podemos erguer o martelo da ira ou usar o bálsamo da tolerância. Visitados pela calúnia, podemos usar o machado do revide ou a gaze da autoconfiança. Quando a injúria bater em nossa porta, podemos usar o aguilhão da vingança ou o óleo do perdão. Diante da enfermidade inesperada, lançamos mão do ácido da revolta ou do escudo da fé.
Enfim, surpreendidos pelas mais infelizes situações, poderemos sempre optar por abrir abismos de incompreensão ou estender a ponte do diálogo que nos possibilita uma solução feliz. Somente da nossa vontade dependerá o nosso estado íntimo.
Portanto, criar céus ou infernos é algo que ninguém poderá fazer por nós. Pense nisso, sua vontade é soberana. Sua intimidade é um santuário do qual só você possui a chave. Preservá-la das investidas das sombras e abri-la para que o sol possa iluminá-la… só depende de você!